segunda-feira, 4 de abril de 2011

Apostila de Química Inorgânica do Prof. Léo Marcos Biografias dos Principais Autores - 1


                            BIOGRAFIAS DOS PRINCIPAIS AUTORES

FREDERICK SODDY





 

Referência: Imagens extraídas de:

Estudou no Colégio Universitário do País de Gales e no Colégio Merton da Universidade de Oxford. Trabalhou como pesquisador em Oxford de 1898 a 1900.
Entre 1900 e 1902 ensinou química na Universidade McGill de Montreal, onde trabalhou com Ernest Rutherford em radioatividade. Rutherford e ele se deram conta de que o comportamento anômalo dos elementos radiativos era devido ao fato de que se transformavam em outros elementos, e que produzem radiações alfa, beta e gama. Em 1903, com Sir William Ramsay, Soddy verificou que a desintegração do rádio produzia hélio.
Desde 1904 a 1914, foi professor na Universidade de Glasgow e foi nesta instituição que demonstrou que o urânio se transformava em rádio. Foi ali também onde demonstrou que os elementos radiativos podem possuir mais de um peso atômico, apesar de possuírem propriedades químicas idênticas: isto o levou ao conceito de isótopos. Soddy demonstrou mais tarde que também os elementos não radiativos podem apresentar múltiplos isótopos. Demonstrou também que num átomo diminui o peso atômico quando emite partículas alfa e aumenta o peso atômico quando emite raios beta. Este foi um passo importante para o conhecimento da relação entre as famílias de elementos radiativos.
Estas investigações permitiram a descoberta do elemento radiativo chamado protactínio, trabalho realizado independentemente por Soddy na Inglaterra e Otto Hahn e Lise Meitner na Alemanha.
De 1914 a 1919 foi professor na Universidade de Aberdeen, onde realizou pesquisas relacionadas com a I Guerra Mundial. Em 1919 se transferiu-se para a Universidade de Oxford, onde permaneceu até 1936, desempenhando a cátedra Lee de química e reorganizou o laboratório.
Recebeu o Nobel de Química de 1921, por suas notáveis contribuições para o conhecimento das substâncias radioactivas.
Se interessou também pela tecnocracia e os movimentos sociais, que refletiu no seu livro "Money versus Man" (1933 ). Escreveu também "The Interpretation of Radium" (1922), "The Story of Atomic Energy" (1949) e "Atomic Transmutation" (1953).

                                      Max Karl Ernst Ludwig Planck


Max Karl Ernst Ludwig Planck (Kiel, 23 de Abril de 1858Göttingen, 4 de Outubro de 1947) foi um físico alemão, considerado o pai da física quântica[1] e um dos físicos mais importantes do século XX. Planck foi agraciado com o Nobel de Física em 1918.


Planck nasceu em Kiel, Holstein, filho de Johann Julius Wilhelm Planck e sua segunda esposa, Emma Patzig. Foi batizado com o nome de Karl Ernst Ludwig Marx Planck; em relação aos nomes que lhe foram dados, Marx (uma variante hoje obsoleta de Markus ou talvez simplesmente um erro para Max, que é hoje a abreviação para Maximilian) foi usado como primeiro nome.[2] No entanto, por volta dos dez anos de idade, assinou com o nome Max e usou-o assim para o resto de sua vida.[3]
Ele era o sexto filho, embora dois de seus irmãos eram do primeiro casamento de seu pai. Entre suas primeiras lembranças estava a marcha das tropas prussianas e austríacas em Kiel durante a guerra dinamarquês-prussiana de 1864. Em 1867 a família se mudou para Munique e Planck foi matriculado na escola ginasial Maximilians, onde ele estava sob a tutela de Hermann Müller, um matemático que havia se interessado na juventude e lhe ensinou astronomia e mecânica assim como matemática. Foi com Müller que Planck primeiro aprendeu o princípio da conservação da energia. Planck se formou cedo, aos 17 anos.[4] Este foi o modo como Planck primeiro entrou em contato com o campo da física.
Planck tinha talento para a música. Teve aulas de canto e tocou piano, órgão e violoncelo, e compôs músicas e óperas. No entanto, em vez de música, escolheu estudar física.

                                                                               Planck quando jovem, em 1878

O professor de física em Munique Philipp von Jolly aconselhou Planck a não estudar física[1], dizendo: "neste campo, quase tudo já está descoberto, e tudo o que resta é preencher alguns buracos". Planck respondeu que ele não queria descobrir coisas novas, apenas compreender os fundamentos conhecidos do assunto e começou seus estudos em 1874 na Universidade de Munique. Sob a supervisão de Jolly, Planck realizou os únicos experimentos de sua carreira científica, estudando a difusão de hidrogênio através de platina aquecida, mas transferiu-se para a física teórica.
Em 1877 foi para Berlim para um ano de estudo com os físicos Hermann von Helmholtz e Gustav Kirchhoff e o matemático Karl Weierstrass. Ele escreveu que Helmholtz nunca estava completamente preparado, falava lentamente, calculava muito mal e entediava seus ouvintes, enquanto Kirchhoff proferia palestras cuidadosamente preparadas que eram secas e monótonas. Logo se tornou amigo íntimo de Helmholtz. Lá, empreendeu um programa basicamente de auto-estudo sobre os trabalhos de Clausius que o levou a escolher a teoria do calor como o seu campo de estudo.
Em outubro de 1878 Planck passou nos exames de qualificação e em fevereiro de 1879 defendeu sua dissertação, Über den zweiten Hauptsatz der mechanischen Wärmetheorie (Sobre o segundo teorema fundamental da teoria mecânica do calor). Por curto período ensinou matemática e física na sua antiga escola em Munique.
Em junho de 1880, apresentou a sua tese de habilitação (equivalente ao doutorado), Gleichgewichtszustände isotroper Körper in verschiedenen Temperaturen (Estados de equilíbrio de corpos isotrópicos em diferentes temperaturas).
Com a conclusão da sua tese de habilitação, Planck tornou-se um professor particular não remunerado em Munique, esperando até que lhe fosse oferecida uma posição acadêmica. Embora tenha sido inicialmente ignorado pela comunidade acadêmica, promoveu seu trabalho no campo da teoria do calor e descobriu em seguida o formalismo termodinâmico assim como Gibbs sem percebê-lo. As ideias de Clausius sobre entropia ocuparam um papel central em seu trabalho.
Seguiu para sua cidade natal, Kiel, em 1885. Ali casou-se com Marie Merck em 1886. Em 1889, Planck seguiu para a Universidade de Berlim e após dois anos foi nomeado professor de Física Teórica, substituindo Gustav Kirchhoff.
Em fins do século XVIII, uma das dificuldades da física consistia na interpretação das leis que governam a emissão de radiação por parte dos corpos negros. Tais corpos são dotados de alto coeficiente de absorção de radiações; por isso, parecem negros para a vista humana.
Em 1899, descobriu uma nova constante fundamental, chamada posteriormente em sua homenagem Constante de Planck, e que é usada, por exemplo, para calcular a energia do fóton. Um ano depois, descobriu a lei da radiação térmica, chamada Lei de Planck da Radiação. Essa foi a base da teoria quântica, que surgiu dez anos depois com a colaboração de Albert Einstein e Niels Bohr. De 1905 a 1909, Planck atuou como diretor-chefe da Deutsche Physikalische Gesellschaft (Sociedade Alemã de Física). Sua mulher morreu em 1909, e, um ano depois, Planck casou-se novamente com Marga von Hoesslin.
Em 1913, foi nomeado reitor da Universidade de Berlim.
Como consequência do nascimento da Física Quântica, foi premiado em 1918 com o Nobel de Física. De 1930 a 1937, Planck foi o presidente da Kaiser-Wilhelm-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (KWG, Sociedade para o Avanço das Ciências do Imperador Guilherme).
Durante a Segunda Guerra Mundial, Planck tentou convencer Hitler a dar liberdade aos cientistas judeus. O filho de Planck, Erwin, foi executado no dia 20 de julho de 1944, acusado de traição relacionada a um atentado para matar Hitler.
Planck morreu em 4 de outubro de 1947 em Göttingen. A seguir a Sociedade KWG foi renomeado como Max-Planck-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (MPG, Sociedade Max Planck para o Progresso das Ciências).
Participou da 1ª e da 5ª Conferência de Solvay.

                                                ALBERT EINSTEIN

                                           Biografia

Albert Einstein nasceu na região alemã de Württemberg, na cidade de Ulm, numa família judaica. Em 1852, o avô materno de Einstein, Julius Koch, estabelece-se como comerciante de cereais em Bad Cannstatt, nos arredores de Estugarda. Os pais de Einstein, Hermann Einstein e Pauline Koch, casaram-se em 8 de agosto de 1876. Hermann, que era comerciante, muda-se de Bad Buchau para a cidade de Ulm, onde passou a viver com a esposa. É em Ulm que nasce Albert Einstein, em 14 de março de 1879.[4]

Munique

Em 21 de Junho de 1880, a família Einstein muda-se para Munique[5], onde Hermann e seu irmão mais novo Jakob, então solteiro, que era engenheiro, dinâmico e empreendedor, fundam a empresa de materiais elétricos Jakob Einstein & Cie. Em 1885 os irmãos Einstein vendem sua parte da firma e investem seu capital, adicionado ao crédito de parentes, fundando a "Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie"[6], convencidos de que este setor em pleno crescimento oferece melhor rentabilidade do que o tradicional negócio de penas de colchão.
Na década de 1880, a cidade de Munique, em processo de industrialização (relativamente tardio) desenvolveu-se muito, crescendo a população a um ritmo de dezessete mil novos habitantes por ano. O material eléctrico, uma tecnologia relativamente recente, tem alta conjuntura nestes anos. A empresa do pai de Einstein chegou a ter entre 150 e 200 trabalhadores nos seus melhores dias. Dois dos contratos que a empresa obteve foram a electrificação da cidade de Schwabing (hoje um bairro de Munique) e de Theresienwiese onde se realiza a famosa Oktoberfest de Munique.
A 18 de Novembro de 1881, nasce Maria Einstein (Maja). Einstein teria sempre uma relação muito íntima com a irmã. Einstein e Maja recebem uma educação não religiosa. Em casa não se come casher, a família não frequenta a sinagoga. O pai considera os ritos judeus como superstições antiquadas. Na casa dos Einstein imperava o espírito não dogmático. Com três anos, Einstein tinha ainda dificuldades de fala, o que preocupou os pais; apesar disso, revelou-se um aluno brilhante.[7][8] A juventude de Einstein é solitária. As outras crianças chamam-lhe "Bruder Langweil" (irmão tédio) e "Biedermann" (mesquinho). Aos cinco anos de idade, Einstein recebe instrução de uma professora em casa. Sua instrução termina quando Einstein aborrecido arremesa uma cadeira sobre sua professora. Nesta altura, o seu pai mostra-lhe uma bússola de bolso; Einstein apercebeu-se de que algo fazia flutuar a agulha no espaço e descreveu mais tarde a "impressão profunda e duradoura" desta experiência.[9] Aos seis anos de idade, Einstein tem aulas de violino com Herr Schimied, que a princípio não lhe agradam, terminando por abandoná-las. Mas ao longo da sua vida tocar violino, e em particular as sonatas de Mozart, torna-se uma das suas actividades preferidas.
A 1 de Outubro de 1885, Einstein começa a frequentar uma escola primária Volksschule, escola católica em Munique (uma cidade fortemente conservadora que sempre permaneceu maioritariamente católica, apesar das simpatias iniciais por Lutero, bem cedo combatidas pelos Jesuítas). Os pais de Einstein, por não serem judeus praticantes, não se importaram que o filho frequentasse inclusive a catequese, que agradou bastante a Einstein.[10] Curiosamente Einstein desenvolve sozinho uma fervente judaica e passa a cumprir os rituais judeus incluindo o Shabat e a comida kosher. Einstein era aluno seguro e persistente, no entanto um pouco lento na resolução de problemas. Suas notas estavam entre as melhores da classe, e seu boletim era brilhante, segundo sua mãe Pauline. Durante esses anos obteve as mais altas notas em latim e em matemática.
Uma lenda amplamente divulgada,[11] diz que Einstein teria sido reprovado em matemática quando era estudante, inclusive reproduzida no famoso Ripley's believe it or not! ("Acredite se quiser"). Entretanto quando lhe mostraram um recorte de jornal com esta questão, Einstein riu. "Nunca fui reprovado em matemática", retrucou. "Antes dos quinze anos, já dominava cálculo diferencial e integral".
Aos dez anos, Albert conhece Max Talmud, um jovem estudante de medicina que costuma jantar com a família Einstein. Max foi uma influência importantíssima na vida de Albert porque o introduziu, apesar da sua tenra idade, à leitura de importantes obras científicas e filosóficas, como por exemplo Os Elementos de Euclides ou a Crítica da Razão Pura de Kant. Em consequência dos seus estudos sobre ciência, Einstein abandona completamente a fé judaica aos doze anos.
Einstein estudou cálculo diferencial e integral dos doze (idade em que ganhou de seu tio um livrinho de geometria euclidiana) aos dezesseis anos de idade. Mais tarde frequentou o Luitpold Gymnasium (equivalente à escola secundária) em Munique até aos quinze anos. Este período para Einstein foi de intensa religiosidade, motivada pela escola. O seu pai pretendia que Einstein estudasse engenharia eléctrica, mas este incompatibilizou-se com as autoridades e o regime escolar. Descreveria mais tarde como o pensamento criativo e a aprendizagem eram perdidos com a utilização de aprendizagem por memorização.
Entretanto, os negócios do pai de Einstein começam a correr pior do que se esperava. Há uma grande concentração da indústria do sector eléctrico. Como é típico com os mercados tecnológicos, após o período de grandes números de empresas pequenas e inovadoras, há um ciclo de reestruturações e concentração. Hermann Einstein vê-se obrigado a largar o controle da sua empresa de Munique. A firma é comprada em 1894 pela AEG (Allgemeine Elektrizitätsgesellschaft). Poucos anos depois, em 1910, existiriam apenas duas grandes empresas no sector: Siemens & Halske e a AEG.

Itália

Em 1894 Hermann Einstein muda-se com a família para Itália, primeiro para Milão e, alguns meses mais tarde, para Pavia. Ele tencionava abrir ali um novo negócio no setor elétrico com o dinheiro de que dispunha, uma ideia que acabaria por levá-lo à falência.
O jovem Albert Einstein (tem quinze anos) permanece em Munique por mais uns meses ao cuidado de familiares, a fim de terminar o ano letivo. Einstein porém fica deprimido por sentir-se só e parte para junto de sua família na Itália. Einstein escreveu neste período o seu primeiro trabalho científico: "A Investigação do Estado do Éter em Campos Magnéticos".[12]

Suíça

Em 1895, decide entrar na universidade antes de terminar o ensino secundário. Com esse objectivo fez exames de admissão à ETH Zürich (Eidgenössische Technische Hochschule, Universidade Federal Suíça em Zurique), mas é reprovado na parte de humanidades dos exames.[13] Einstein descreveu que foi nesse mesmo ano, aos dezesseis anos de idade, que realizou a sua primeira experiência mental, visualizando uma viagem lado a lado com um feixe de luz.[14] Foi então enviado para a cidade de Aarau no cantão suíço de Argóvia para terminar a escola secundária, onde estudou a teoria electromagnética de Maxwell. Em 1896 recebe o seu diploma.
Em 1896, Einstein (com dezessete anos de idade) renuncia à cidadania alemã com o intuito de assim evitar o serviço militar alemão. 

Cursou o ensino superior na Suíça, na ETH Zürich, onde mais tarde foi docente. Concluiu a graduação em Física em 1900.[15] Também em 1900, conheceu Michele Besso, que o apresentou às obras de Ernst Mach. No ano seguinte, publicou um artigo sobre forças capilares no Annalen der Physik,[16] uma das mais prestigiadas publicações científicas em Física.
Pede então a naturalização suíça, que receberia a 21 de Fevereiro de 1901. Pagou os vinte francos suíços que o seu passaporte custou (uma quantia considerável) com as suas próprias poupanças. Nunca deixaria de ser cidadão suíço.[17] Nas inúmeras viagens que faria no futuro, Einstein usaria o seu passaporte suíço.
A 6 de Janeiro de 1903 casou-se com Mileva Marić, sem a presença dos pais da noiva. Albert e Mileva tiveram três filhos: Lieserl Einstein, Hans Albert Einstein e Eduard Einstein. A primeira, presume-se que tenha morrido ainda bebé ou que tenha sido dada para adoção, o do meio tornou-se um importante professor de Hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em Música e Literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço.

Annus Mirabilis

Obteve o doutorado em 1905. No mesmo ano escreveu quatro artigos fundamentais para a Física Moderna, afirmando-se por esta razão que 1905 foi o "annus mirabilis" para Einstein.

 O primeiro artigo de 1905[18] propôs a ideia dos "quanta de luz" (os atuais fótons) e mostrou como é que poderiam ser utilizados para explicar fenômenos como o efeito fotoelétrico. A teoria dos quanta de luz de Einstein não recebeu quase nenhum apoio por parte dos físicos durante vinte anos, pois contradizia a teoria ondulatória da luz subjacente às equações de Maxwell. Mesmo depois das experiências terem demonstrado que as equações de Einstein para o efeito fotoelétrico eram exatas, a explicação proposta por ele não foi aceita. Em 1921, quando recebeu o prêmio Nobel pelo seu trabalho sobre o efeito fotoelétrico, a maior parte dos físicos ainda pensava que as equações estavam corretas, mas que a idéia de quanta de luz seria impossível.
O segundo artigo deste ano foi sobre o movimento browniano,[19] que constitui uma evidência experimental da existência dos átomos. Antes deste artigo, os átomos eram considerados um conceito útil, mas sua existência concreta era controversa. Einstein relacionou as grandezas estatísticas do movimento browniano com o comportamento dos átomos e deu aos experimentalistas um método de contagem dos átomos através de um microscópio vulgar. Wilhelm Ostwald, um dos que se opunham à idéia dos átomos, disse mais tarde a Arnold Sommerfeld que mudou de opinião devido à explicação de Einstein do movimento browniano.
O terceiro artigo de 1905, [20] sobre eletrodinâmica de corpos em movimento, introduziu a relatividade restrita. Estabeleceu uma relação entre os conceitos de tempo e distância. Algumas das ideias matemáticas já haviam sido introduzidas um ano antes pelo físico neerlandês Hendrik Lorentz, mas Einstein mostrou como era possível entender esses conceitos. O seu trabalho baseou-se em dois axiomas: um foi a idéia de Galileu de que as leis da natureza são as mesmas para todos os observadores que se movem a uma velocidade constante relativamente uns aos outros; o outro, a idéia de que a velocidade da luz é a mesma para todos os observadores. A relatividade restrita tem algumas conseqüências importantes, já que são rejeitados conceitos absolutos de tempo e tamanho. A teoria ficou conhecida mais tarde por "Teoria da Relatividade Restrita" para ser distinguida da teoria geral que Einstein desenvolveu mais tarde, a qual considera que todos os observadores são equivalentes.

A famosa equação é mostrada no Taipei 101 durante o evento do ano mundial da Física em 2005

No quarto artigo,[21] uma extensão do terceiro, Einstein introduz o conceito de massa inercial. Nele, Einstein deduziu a famosa relação entre a massa e a energia: E = mc2. (Embora Umberto Bartocci, tenha afirmado que a equação teria sido publicada primeiramente em 1903, pelo italiano Olinto De Pretto).[22] Esta equação esteve na base de construção de bombas nucleares. A ideia serviu mais tarde para explicar como é que o Big Bang, uma explosão de energia, poderia ter dado origem à matéria.

                                                                                               Einstein, 1921

Em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial, Einstein instalou-se em Berlim onde foi nomeado director do Instituto Kaiser Wilhelm de Física (1917 - 1933), sendo senador da Sociedade Kaiser Wilhelm (1923 - 1933), e professor da Universidade de Berlim, tornando-se, novamente, cidadão alemão no mesmo ano.
Em novembro de 1915, Einstein apresentou perante a Academia de Ciências da Prússia uma série de conferências onde apresentou a sua teoria da relatividade geral sob o título "As equações de campo da gravitação." A conferência final culminou com a apresentação de uma equação que substituiu a lei da gravitação de Isaac Newton. Esta teoria considera que todos os observadores são equivalentes, e não só aqueles que se movem a velocidade uniforme. Na relatividade geral, a gravidade não é uma força (como na segunda lei de Newton) mas uma consequência da curvatura do espaço-tempo. A teoria serviu de base para o estudo da cosmologia e deu aos cientistas ferramentas para entenderem características do universo que só foram descobertas bem depois da morte de Einstein.
A relação de Einstein com a Física Quântica é bastante interessante. Ele foi o primeiro a afirmar que a teoria quântica era revolucionária. A sua ideia de luz quântica foi um corte com a Física clássica. Em 1909, Einstein sugeriu numa conferência que era necessário encontrar uma forma de entender em conjunto partículas e ondas. No entanto, em meados dos anos 1920, quando a teoria quântica original foi substituída pela nova mecânica quântica, Einstein discordou da interpretação de Copenhaga porque ela defendia que a realidade era aleatória ou probabilística. Einstein concordava que a Mecânica Quântica era a melhor teoria disponível, mas procurou sempre uma explicação determinista, isto é não-probabilística.
A famosa afirmação de Einstein, "A mecânica quântica está a impor-se. Mas uma voz interior diz-me que ainda não é a teoria certa. A teoria diz muito, mas não nos aproxima do segredo do Velho (the Old One). Eu estou convencido que Ele não joga dados.", apareceu numa carta a Max Born datada de 12 de Dezembro de 1926. Não era uma rejeição da teoria estatística. Ele tinha usado a análise estatística no seu trabalho sobre movimento browniano e sobre o efeito fotoelétrico. Mas Einstein não acreditava que, na sua essência, a realidade fosse aleatória.
O seu pacifismo e a sua origem judaica tornaram-no impopular entre os nacionalistas alemães. Depois de se ter tornado mundialmente famoso (em 7 de Novembro de1919, quando o Times de Londres anunciou o sucesso da sua teoria da gravidade) o ódio dos nacionalistas tornou-se ainda mais forte.

 Em 1919, ano da famosa confirmação do desvio de luz em Sobral e Príncipe, Albert Einstein divorcia-se de Mileva e casa-se com a sua prima divorciada Elsa.
Em 1920, durante uma de suas aulas em Berlim, há um incidente com manifestações anti-semitas, o que levou Einstein a deter-se com mais atenção aos factos que então ocorriam na Alemanha [23].

Em 1921, Einstein acompanha uma delegação Sionista à Palestina. Ele propõe para a Palestina um estado baseado no modelo suíço, onde muçulmanos e judeus poderiam viver lado a lado em paz. Sendo um físico famoso, Einstein participa numa campanha de angariação de fundos para a Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele apoia o plano de uma universidade onde judeus de todo o mundo possam estudar sem serem vítimas de discriminação.
Recebeu o Nobel de Física de 1921 pela explicação do efeito fotoelétrico; no entanto, o prêmio só foi anunciado em 1922. Einstein receberia a quantia de 120 000 coroas suecas. Einstein não participou da cerimônia de atribuição do prêmio, pois se encontrava no Japão nessa altura. Ao longo de sua vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo alguns da América Latina. Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Em 1933, Adolf Hitler chega ao poder na Alemanha. Einstein, judeu, encontra-se agora em perigo. É avisado por amigos de que há planos para o seu assassinato e é aconselhado a fugir. Einstein renuncia mais uma vez à cidadania alemã.
A 7 de Outubro de 1933, Einstein parte do porto de Southampton num navio para os Estados Unidos, o seu novo lar. Nunca voltaria a viver na Europa.
Participou da 1ª, 2ª, 5ª e 7ª Conferência de Solvay.

Einstein fez uma viagem à América do Sul, em 1925, visitando países como Argentina, Uruguai e também o Brasil.[24] Além de fazer conferências científicas, visitou universidades e instituições de pesquisas. O navio que o trouxe ao Brasil foi o Cap. Polônio. Ficou hospedado no Hotel Glória e gostou da goiaba, servida no café da manhã. Em 21 de março passou pelo Rio de Janeiro, onde foi recebido por jornalistas, cientistas e membros da comunidade judaica. Visitou o Jardim Botânico e fez o seguinte comentário, por escrito, para o jornalista Assis Chateaubriand: "O problema que minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu do Brasil".[25] Tal afirmação dizia respeito a uma observação do eclipse solar registrada na cidade cearense de Sobral por uma equipe de cientistas britânicos, liderada por Sir Arthur Stanley Eddington, que buscava vestígios que pudessem comprovar a Teoria da Relatividade, até então mera especulação. Albert Einstein nunca chegou a visitar a cidade de Sobral.
Em 24 de abril de 1925, Einstein deixou Buenos Aires e alcançou Montevidéu. Fez ali três conferências e, tal como na Argentina, participou de várias recepções e visitou o presidente da República. Permaneceu no Uruguai por uma semana, de onde saiu no primeiro dia de maio, em direção ao Rio de Janeiro, no navio Valdívia. Desembarcou novamente no Rio de Janeiro em 4 de maio. Nos dias seguintes percorreria vários pontos turísticos da cidade, incluindo o Pão de Açucar, o Corcovado e a Floresta da Tijuca. As anotações de seu diário ilustram bem suas percepções quanto à natureza tropical do local. [26] No dia 6 de Maio, visitou o então presidente da República, Artur Bernardes, além de alguns ministros.[25]
Seu programa turístico-científico no Brasil incluiu diversas visitas a instituições, como o Museu Nacional, a Academia Brasileira de Ciências e o Instituto Oswaldo Cruz, e duas conferências: uma no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e a outra na Escola Politécnica do Largo de São Francisco, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Através de ondas da rádio Sociedade, criada em 1923, Einstein proferiu em alemão uma mensagem à população, que foi traduzida pelo químico Mário Saraiva. [24] Nesta mensagem, o cientista destacou a importância dos meios radiofônicos para a difusão da cultura e do aprendizado científico, desde que sejam utilizados e preservados por profissionais qualificados. [24]
Einstein deixaria o Rio no dia 12 de maio. Essa sua visita foi amplamente divulgada pela imprensa e influenciou na luta pelo estabelecimento de pesquisa básica e para a difusão das idéias da física moderna no Brasil.[24] Deixando o Rio, o já famoso físico alemão enviou, do navio, uma carta ao Comitê Nobel. Nesta carta, sugeria o nome do marechal Cândido Rondon para o Nobel da Paz.[25] Einstein teria se impressionado com o que se informou sobre as atividades de Rondon em relação à integração de tribos indígenas ao homem civilizado, sem o uso de armas ou algo do tipo.[25]

Princeton

Em 1932 aceitou uma posição no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, Nova Jersey como professor de física teórica e em 1933 com a subida dos Nazis decidiu viver permanentemente aí.
Einstein passou os últimos quarenta anos de sua vida tentando unificar os campos eletromagnéticos e o gravitacional numa única teoria que ele chamava de Teoria do Campo Unificado. Procurou unificar as forças fundamentais, isto é a força gravitacional e a força eletromagnética, numa teoria que descrevesse as forças como uma única força, do mesmo modo que a teoria de Maxwell une as forças elétrica e magnética. No entanto não incluía no seu modelo as forças nucleares forte e fraca, que na época, e até 1970, não eram compreendidas como forças separadas.
Em 1941 tem início o Projeto Manhattan (o desenvolvimento de uma bomba atômica). Pronunciamento oficial do próprio Albert Einstein sobre o referido tema: [27]



Minha responsabilidade na questão da bomba atômica se limita a uma única intervenção: escrevi uma carta ao Presidente Roosevelt. Eu sabia ser necessária e urgente a organização de experiências de grande envergadura para o estudo e a realização da bomba atômica. E o disse. Conhecia também o risco universal causado pela descoberta da bomba. Mas os sábios alemães se encarniçavam sobre o mesmo problema e tinham todas as chances de resolvê-lo. Assumi, portanto minhas responsabilidades. E, no entanto sou apaixonadamente um pacifista e minha maneira de ver não é diferente diante da mortandade em tempo de paz. Já que as nações não se resolvem a suprimir a guerra por uma ação conjunta, já que não superam os conflitos por uma arbitragem pacífica e não baseiam seu direito sobre a lei, elas se vêem inexoravelmente obrigadas a preparar a guerra. Participando da corrida geral dos armamentos e não querendo perder, concebem e executam os planos mais detestáveis. Precipitam-se para a guerra. Mas hoje, a guerra se chama o aniquilamento da humanidade. Protestar hoje contra os armamentos não quer dizer nada e não muda nada. Só a supressão definitiva do risco universal da guerra dá sentido e oportunidade à sobrevivência do mundo. Daqui em diante, eis nosso labor cotidiano e nossa inabalável decisão: lutar contra a raiz do mal e não contra os efeitos. O homem aceita lucidamente esta exigência. Que importa que seja acusado de anti-social ou de utópico? Gandhi encarna o maior gênio político de nossa civilização. Definiu o sentido concreto de uma política e soube encontrar em cada homem um inesgotável heroísmo quando descobre um objetivo e um valor para sua ação. A Índia, hoje livre, prova a justeza de seu testemunho. Ora, o poder material, em aparência invencível, do Império Britânico foi submergido por uma vontade inspirada por idéias simples e claras.
Albert Einstein

Em 1945, Einstein reforma-se da carreira universitária. [28]
Em 1952, David Ben-Gurion, então o primeiro-ministro de Israel, convida Albert Einstein para suceder a Chaim Weizmann no cargo de presidente do estado de Israel. Einstein agradece, mas recusa, alegando que não está à altura do cargo.[29]
Morreu em 18 de Abril de 1955, aos 76 anos, em conseqüência de um aneurisma. O seu corpo foi cremado mas seu cérebro foi doado ao cientista Thomas Harvey, patologista do Hospital de Princeton [30].O cérebro de Einstein pesava 1230 g, enquanto a média para homens é de 1400 g. Seu volume também era menor, estava quatro centímetros abaixo da média. Essa diminuição de peso e volume pode estar relacionada à idade com que o cientista morreu: 76 anos.[31]

Política e religião

Einstein considerava-se um socialista.[32] Neste artigo de 1949, descreveu a "fase predatória do desenvolvimento humano", exemplificada pelo anarquismo capitalista da sociedade, como uma origem de mal a ser ultrapassada. Não concordava com os regimes totalitários de inspiração socialista. No início, foi a favor da construção da bomba atômica para derrotar Adolf Hitler, mas depois da guerra fez pressão a favor do desarmamento nuclear e de um governo mundial.
Pelo fato de defender os direitos civis e das suas idéias socialistas, Einstein chamou a atenção do FBI, que o investigou sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista. O governo americano recentemente liberou os arquivos que contêm a sua visão sobre a pessoa de Einstein e as suas atividades pessoais e políticas. Num desses arquivos comenta-se que o cientista era "inadmissível para os Estados Unidos" por várias razões, principalmente porque, segundo as palavras dos serviços, criava, aconselhava e ensinava uma doutrina anarquista, além de ser membro e afiliado a grupos que admitiam "atuar ilegalmente contra os princípios fundamentais do governo organizado".


Einstein era profundamente pacifista, tendo intervindo diversas vezes a favor da paz no mundo e do abandono das armas nucleares. Em 1944, um manuscrito do seu trabalho de 1905, devidamente autografado, foi leiloado, e os cerca de seis milhões de dólares arrecadados foram revertidos para a ajuda às vítimas da Segunda Guerra Mundial. Este documento encontra-se hoje na Biblioteca do Congresso dos EUA.
Uma semana antes de sua morte assinou a sua última carta, endereçada a Bertrand Russell, concordando em que o seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonar as armas nucleares.
Einstein era também um sionista cultural convicto, tendo em diversas ocasiões defendido o desenvolvimento do Estado Judaico na Palestina. Em particular, foi membro do conselho de governadores da Universidade Hebraica de Jerusalém. Sendo antinacionalista e pacifista, esteve, no entanto contra alguns dos acontecimentos que levaram ao nascimento do Estado Judaico. Einstein acreditava que o estado de Israel deveria acolher judeus e palestinos de modo pacífico, num modelo confederacional semelhante ao do estado suíço.
Einstein era religioso, no entanto não professava a judaica. Do ponto de vista religioso, ele se encontrava entre o panteísmo de Baruch Spinoza e o deísmo na qual se acredita que é com a razão, e não com a Fé, que se chega a Deus. Alguns historiadores argumentam que, devido a suas declarações, tanto panteístas quanto deístas ao longo de sua vida, talvez ele seja melhor classificado como um pandeísta.
Acreditava que Deus se revelava através da harmonia das leis da natureza e rejeitava o Deus pessoal que intervém na História. Era também crente no total determinismo do universo e excluía a possibilidade do livre arbítrio dos seres humanos. Para Einstein "o Homem é livre de fazer o que quer, mas não é livre de querer o que quer", o que significa que o Homem age sempre de forma compulsiva, sem uma verdadeira liberdade, todos os seus atos sendo determinados pelas leis da natureza. 


A seguinte carta breve de Einstein, escrita a 24 de setembro de 1946 a Isaac Hirsch, o presidente da Congregação B'er Chaym, ilustra bem a relação de Einstein com a religião judaica e o seu senso de humor típico:

Meu caro Sr. Hirsch,
Muito obrigado pelo seu gentil convite. Apesar de eu ser uma espécie de Santo Judeu, tenho estado ausente da Sinagoga há tanto tempo, que receio que Deus não me iria reconhecer, e se me reconhecesse seria ainda pior.
Com os meus melhores cumprimentos e votos de bons feriados para si e para a sua congregação. Agradecendo mais uma vez,
Em sua obra Como Vejo o Mundo no tema religiosidade, Einstein procura enfatizar seu ponto de vista do mundo e suas concepções em temas fundamentais à formação do homem, tais como o sentido da vida, o lugar do dinheiro, o fundamento da moral e a liberdade individual. O Estado, a educação, o senso de responsabilidade social, a guerra e a paz, o respeito às minorias, o trabalho, a produção e a distribuição de riquezas, o desarmamento, a convivência pacífica entre as nações são alguns dos temas que ele trata, entre outros.
Um breve discurso de Albert Einstein:
O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem esperam benignidade e do qual temem o castigo - uma espécie de sentimento exaltado da mesma natureza que os laços do filho com o pai, um ser com quem também estabelecem relações pessoais, por respeitosas que sejam. Mas o sábio, bem convencido, da lei de causalidade de qualquer acontecimento, decifra o futuro e o passado submetidos às mesmas regras de necessidade e determinismo. A moral não lhe suscita problemas com os deuses, mas simplesmente com os homens. Sua religiosidade consiste em espantar-se, em extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza, revelando uma inteligência tão superior que todos os pensamentos humanos e todo seu engenho não podem desvendar, diante dela, a não ser seu nada irrisório. Este sentimento desenvolve a regra dominante de sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a servidão dos desejos egoístas. Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores religiosos em todos os tempos.
Em 2008,[33] veio ao público uma carta de propriedade de um colecionador particular, cuja autoria é de Einstein, que levantou a hipótese que ele se tornou ateu no fim da sua vida. Ele escreve em determinado trecho que Deus segundo crenças populares é fruto da fraqueza humana, sendo a Bíblia uma coleção de lendas honradas ainda que primitivas e infantis. Nesta suposta carta Einstein ainda cita a religião judaica, desprezando qualquer diferença entre o povo judeu em relação aos outros povos. Essa carta mostra questões sobre a posição de Einstein em relação ao fanatismo religioso e as superstições, ele apresenta uma posição bastante crítica em relação a religião. Lembrando que na sua juventude, na visão de Einstein, Deus não tinha formas antropomórficas, mas ele tinha uma visão de Deus semelhante a Bento de Espinosa e a do Deismo, levando alguns historiadores a classificá-lo como Pandeísta - vale ressaltar que esta validade da carta ainda está passando a exame de provas históricas. Mas entre os historiadores existe uma certeza. Nos últimos anos de sua vida Einstein estava profundamente decepcionado com o rumo que a física tomou. Cada vez mais experiências comprovavam as alegações da Mecânica Quântica e que o Universo em sua escala atômica é governado pelo acaso e que essa aleatoriedade pode influenciar o mundo macroscópico. No começo das pesquisas sobre Mecânica Quântica, ele chegou a fazer uma celebre declaração;
- Deus não Joga Dados com o Universo.
Mas o tempo e as experiências mostraram que ele estava errado. Anos depois da morte de Einstein, o físico Stephen Hawking fez a seguinte declaração para corrigir Einstein;
- Não só Deus Joga Dados com o Universo, como joga em lugares onde não podemos ver o resultado.
Estas evidências abalaram profundamente sua num Deus Determinista e Mecanicista que ele tanto defendeu na sua juventude. Portanto existem motivos, para se abrir a possibilidade, que Einstein tenha se tornado um ateu no fim de sua vida, devido a suas crenças estarem profundamente abaladas, pelas evidências da Mecânica Quântica. Mas esta carta seria a única comprovação disso.

 

Música

Era apreciador de música
Se eu não fosse físico, seria provavelmente músico.
  • "Was ich zu Bachs Lebenswerk zu sagen habe: Hören, spielen, lieben, verehren und – das Maul halten!"
-Tradução: "O que tenho a dizer sobre a obra de Bach? Ouvir, tocar, amar, adorar... ficar calado!"
-Albert Einstein em resposta a um inquérito da revista alemã Illustrierten Wochenschrift, 1928.

Obras

Científica
Literária

Bibliografia

  • I.C. Moreira e A.T. Tolmasquim, Um manuscrito de Einstein encontrado no Brasil, Ciência Hoje, vol. 21, n. 124, 22-29, (1995).
  • I.C. Moreira and A.T. Tolmasquim, Einstein in Brazil: the communication to the Brazilian Academy of Sciences on the constitution of light, in History of Modern Physics, H. Kragh, G. Vanpaemel and P. Marage (eds.), pp. 229–242, BREPOLS, Turnhout, Belgium, 2002.
  • A.T. Tolmasquim, Einstein - O viajante da relatividade na América do Sul, Vieira&Lent, Rio de Janeiro, 2004.
"Como Vejo o Mundo", 1922-1934
  • Pais, Abraham. "Sutil é o Senhor.":a ciência e a vida de Albert Einstein. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.

Referências

  1. http://www.explicatorium.com/Albert-Einstein.php
  2. Einstein the greatest (em inglês).
  3. http://mais.uol.com.br/view/e8h4xmy8lnu8/albert-einstein-04029A3164C0C173C6?types=A&
  4. Página do Nobel: The Nobel Prize in Physics 1921
  5. http://www.memorial.rs.gov.br/cadernos/einstein.pdf
  6. http://blogues.cienciahoje.pt/index.php/ACDciencia/2010/12/03/empresa-de-materiais-electricos-em-munique
  7. Ze'ev Rosenkranz. Albert Einstein — Derrière l'image. [S.l.]: Editions NZZ, Zürich, 2005. ISBN 3-03823-182-7
  8. Thomas Sowell utilizou o nome de Einstein num livro sobre este tipo de crianças. Thomas Sowell. 'The Einstein Syndrome: Bright Children Who Talk Late'. [S.l.]: Basic Books, 2001. 89–150 p. ISBN 0-465-08140-1
  9. P. A. Schilpp (Ed.). Albert Einstein — Autobiographical Notes. [S.l.]: Open Court, 1979. 8–9 p.
  10. Time Magazine: Einstein & Faith
  11. É verdade que Einstein era mau aluno e não ia bem em matemática? - Mundo Estranho. Página visitada em 29 de Dezembro de 2010.
  12. Mehra, Jagdish. Albert Einstein's first paper (PDF).
  13. Roger Highfield. The Private Lives of Albert Einstein. London: Faber and Faber, 1993. 21 p. 0-571-17170-2
  14. Albert Einstein. Autobiographical Notes (Centennial ed.). Chicago: Open Court, 1979. 48-51 p. 0-875-48352-6
  15. A Brief Biography of Albert Einstein (em inglês) (Abril 2005).
  16. Einstein, Albert (1901). "Folgerungen aus den Capillaritätserscheinungen (Conclusions Drawn from the Phenomena of Capillarity)". Annalen der Physik 4: 513.
  17. Einstein's nationalities at einstein-website.de. Página visitada em 4 de Outubro de 2006.
  18. Einstein, Albert (1905). "On a Heuristic Viewpoint Concerning the Production and Transformation of Light". Annalen der Physik 17: 132–148.
  19. Einstein, Albert (1905). "On the Motion—Required by the Molecular Kinetic Theory of Heat—of Small Particles Suspended in a Stationary Liquid". Annalen der Physik 17: 549-560.
  20. Einstein, Albert (1905). "On the Electrodynamics of Moving Bodies" (PDF) (em inglês). Annalen der Physik 17: 891–921.
  21. Einstein, Albert (1905). "Does the Inertia of a Body Depend Upon Its Energy Content?". Annalen der Physik 18: 639–641.
  22. (em inglês) Guardian - Einstein's E=mc2 was Italian's idea (acessado em 24 de agosto de 2009).
  23. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/albert-einstein/albert-einstein-11.php
  24. a b c d [I. C. MOREIRA E A. A. P. VIDEIRA (orgs.): Einstein e o Brasil, Editora da UFRJ, Rio de Janeiro, 1995.]
  25. a b c d Site Oficial da Sociedade Brasileira de Física
  26. [I. C. Moreira e A. T. Tolmasquim, Um manuscrito de Einstein encontrado no Brasil, Ciência Hoje, vol. 21, n. 124, 22-29, (1995).]
  27. [Albert Einstein: Como vejo o mundo, ed. 15, 1981]
  28. http://www.ruadireita.com/bios/index.php?bio=albert-einstein
  29. http://www.matematica.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=76:albert-einstein&catid=40:biografias&Itemid=183
  30. http://www.vendaon.com/vendaon/site/cursodematematica/produto/4988-Biografia-Albert-Einstein.html
  31. A mente de um gênio. Veja.com. Página visitada em 18 de outubro de 2009.
  32. Monthly Review: Why Socialism?, acessado em 2 de maio de 2007
  33. Carta que revela desdém de Einstein por religião vai a leilão
Referência de pesquisa e fotos :


                                     Louis Victor de Broglie

Louis-Victor-Pierre-Raymond, 7.º duque de Broglie, geralmente conhecido por Louis de Broglie (Dieppe, 15 de agosto de 1892Louveciennes, 19 de março de 1987), foi um físico francês.

  




Biografia

Louis de Broglie estudou inicialmente História, mas com o tempo começou a interessar-se por problemas de Física e Matemática, por influência de seu irmão, Maurice de Broglie 6º duque de Broglie e proeminente físico experimental da época. Maurice de Broglie fez avanços importantes no estudo de difração e espectroscopia de raios X. Louis de Broglie iniciou seus trabalhos de pesquisa estudando precisamente os raios X, em colaboração com Maurice, mas duma perspectiva teórica. Foi este trabalho que o levou mais tarde a escrever a sua tese de doutoramento "Recherches sur la théorie des quanta". Nesta, de Broglie introduz a sua teoria de ondas de elétrons, que inclui a teoria de dualidade onda-corpúsculo da matéria, baseada na teoria dos quanta proposta por Max Planck e Albert Einstein. Este trabalho abre uma nova área da física, a mecânica ondulatória, que constitui uma das principais bases da Mecânica Quântica. Em 1927, Clinton Davisson e Lester Germer demonstram experimentalmente a difração de elétrons através de cristais. A experiência de Davisson-Germer comprova a hipótese da natureza ondulatória de electrão e em conseqüência de Broglie recebe o Nobel de Física em 1929 pela teoria da dualidade onda-corpúsculo. Entre as aplicações mais importantes desta teoria destaca-se o desenvolvimento de microscópios electrónicos, que permitem uma resolução muito superior à dos microscópios ópticos.
No final da sua carreira, de Broglie, desenvolveu uma explicação causal da mecânica ondulatória, em oposição à visão probabilística que domina a mecânica quântica. Esta explicação causal foi refinada nos anos 1950 por David Bohm e é hoje conhecida como interpretação de Bohm.
Participou da 5ª e 7ª Conferência de Solvay.

Prémios e nomeações

Louis De Broglie (Físico) 1892 – 1987
No início deste século, os físicos verificaram que certos fenômenos ópticos não podiam ser explicados apenas pelas leis da óptica clássica.
No mundo das moléculas e átomos, as velocidades são enormes e as distâncias muito pequenas. Era de se esperar, portanto, que as equações clássicas não tivessem mais aplicação nesse setor. Seria como se alguém tentasse explicar o comportamento de uma pulga, baseado na observação de um elefante.
Por isso, as primeiras teorias atômicas, desenvolvidas por Joseph J. Thomson e Ernest Rutherford, não tiveram o sucesso esperado, embora seus trabalhos pioneiros tenham possibilitado o desenvolvimento de teorias mais elaboradas.
As teorias de Niels Bohr, embora usassem pela primeira vez os conceitos quânticos de Planck, ainda não conseguiam explicar determinados fenômenos ópticos (emissão e absorção da luz pela matéria). Estes só viriam a ser razoavelmente compreendidos após o aparecimento da mecânica ondulatória, criada por Luís V. de Broglie e transformada posteriormente na atual mecânica quântica, por físicos como Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger.
A rápida e brilhante carreira de Luís Víctor de Broglie está repleta de episódios originais e interessantes.
Nasceu em Dieppe, em 1892, vindo a ser o sétimo e último membro de uma família cujos primeiros filhos tinham pelo menos vinte anos mais que ele. Embora numerosa, sua família nunca teve dificuldades financeiras. Seus pais eram descendentes de ricos e nobres italianos de Piemonte, radicados na França desde 1640.
Luís foi uma criança viva e sociável, conservando-se assim até os vinte anos de idade, quando, após sofrer uma crise psicológica, tornar-se-ia uma pessoa austera e introvertida.
Seus primeiros estudos concentraram-se em História antiga, já que ele pretendia tornar-se um paleógrafo. Este ramo do conhecimento, entretanto, não parecia ser sua maior vocação. Os métodos de raciocínio usados em paleografia não o satisfaziam. Ele apenas estava evitando a carreira militar ou diplomática, ao mesmo tempo em que seguia suas tendências ao estudo metódico. Ainda como manobra evasiva, Luís dedicava também algumas horas diárias a manipulações experimentais, no laboratório de física de seu irmão Maurice. Este fato teve influência decisiva em sua formação científica.
Maurice incentivou-o a ler os trabalhos de Henri Poincaré, que tratavam da aplicação da análise matemática aos problemas da astronomia e a certos fenômenos físicos do mundo macroscópico. Seu entusiasmo foi tão grande que se decidiu imediatamente pela carreira de físico, largando seus estudos de história.
Em 1911, Maurice era secretário do 1º congresso Solvay, que contou com a presença dos maiores especialistas em física de todo o mundo. Aproveitando-se de certas regalias que o cargo de secretário lhe proporcionava, Maurice introduziu Luís no ambiente do congresso. Assim, ele teve a rara oportunidade de ler as cópias recém-impressas dos últimos trabalhos e estudos de Max Planck e Albert Einstein; tomou, então, conhecimento das primeiras teorias quânticas e relativísticas.
Êstes trabalhos iniciais demonstravam a insuficiência das teorias clássicas para a explicação de novos fenômenos descobertos e a necessidade de introduzir o conceito de "quantum" de luz.

Segundo Planck, qualquer radiação eletromagnética se propagaria em "pacotes" e não de maneira contínua. O fluxo de energia destas ondas seria também "quantizado" e cada "quantum" de energia seria proporcional à freqüência. A constante de proporcionalidade, representada pelo símbolo h, chamar-se-ia posteriormente de constante de Planck.
Luís de Broglie, bastante estimulado por estes novos conceitos, procurou avidamente uma base racional para essa nova maneira de estudar a luz.
Einstein, por sua vez, demonstrava a necessidade do retorno a algo como a teoria corpuscular da luz, pois não conseguia explicar por que uma parte dos fenômenos ópticos exigia uma interpretação ondulatória enquanto outros, cada vez mais importantes, admitiam uma analogia com as interações entre partículas.
De Broglie interessou-se por tais assuntos, mas suas pesquisas foram interrompidas durante vários anos, devido à Primeira Guerra Mundial: ele foi engajado e passou a trabalhar no serviço de radiotelegrafia do exército francês. Durante esse tempo, De Broglie pôde continuar com seus estudos sobre o eletromagnetismo, embora de maneira bastante restrita: limitava-se à procura de aplicações práticas - essencialmente militares dos fenômenos eletromagnéticos.
Os seis anos de guerra passaram e Luís de Broglíe foi devolvido à vida civil e a seus estudos.
Entretanto, o conhecimento das ondas eletromagnéticas fora bastante ampliado pelos trabalhos de outros cientistas, particularmente na área das radiações altamente penetrantes (raios X e radiação gama), que são as mais ligadas aos fenômenos atômicos.




As Conferências de Solvay

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As Conferências de Solvay (também chamadas de Congressos de Solvay) são uma série de conferências científicas celebradas desde 1911. No começo do século XX, estas conferências reuniam os mais consagrados cientistas da época, e proporcionaram avanços fundamentais para a Física Quântica. Foram realizadas no Instituto Internacional de Solvay de Física e Química, localizado em Bruxelas, fundado pelo químico industrial belga Ernest Solvay.
Depois do êxito inicial da primeira conferência, passaram a ser dedicadas à resolução de diversas questões, tanto na física como na química. Estas conferências são realizadas de três em três anos. A 23ª Conferência de Solvay foi realizada em Bruxelas, de 1 a 3 de Dezembro de 2005, com o tema: "A estrutura quântica do espaço e do tempo".
Conferência
Ano
Tema
Presidência
1911
La théorie du rayonnement et les quanta
(Teoria da radiação e dos quanta)
1913
La structure de la matière
(A estrutura da matéria)
1921
Atomes et électrons
(Átomos e elétrons)
1924
Conductibilité électrique des métaux et problèmes connexes
(Condutibilidade elétrica dos metais e problemas correlatos)
1927
Electrons et photons
(Elétrons e fótons)
1930
Le magnétisme
(O magnetismo)
1933
Structure et propriétés des noyaux atomiques
(Estrutura e propriedades do núcleo atômico)
1948
Les particules élémentaires
(As partículas elementares)
1951
L'état solide
(O estado sólido)
10ª
1954
Les électrons dans les métaux
(Os elétrons nos metais)
11ª
1958
La structure et l'évolution de l'univers
(Estrutura e evolução do universo)
12ª
1961
La théorie quantique des champs
(A teoria quântica dos campos)
13ª
1964
The Structure and Evolution of Galaxies
(Estrutura e evolução das galáxias)
14ª
1967
Fundamental Problems in Elementary Particle Physics
(Problemas fundamentais da física das partículas elementares)
15ª
1970
Symmetry Properties of Nuclei
(Propriedades de simetria do núcleo atômico)
16ª
1973
Astrophysics and Gravitation
(Astrofísica e gravitação)
17ª
1978
Order and Fluctuations in Equilibrium and Nonequilibrium Statistical Mechanics
(Ordem e flutuações na termodinâmica de equilíbrio e não equilíbrio)
18ª
1982
Higher Energy Physics
(Física de altas energias)
19ª
1987
Surface Science
(Ciência da superfície)
20ª
1991
Quantum Optics
(Óptica quântica)
21ª
1998
Dynamical Systems and Irreversibility
(Sistemas dinâmicos e irreversibilidade)
Ioannis Antoniou (Bruxelas)
22ª
2001
The Physics of Communication
(Física da comunicação)
23ª
2005
The Quantum Structure of Space and Time
(A estrutura quântica do espaço e do tempo)
24ª
2008
Quantum Theory of Condensed Matter
(Teoria quântica da matéria condensada)

Índice

Primeira conferência - 1911: Teoria da radiação e dos quanta

A primeira conferência foi realizada em Bruxelas, em 1911. O presidente da conferência foi Hendrik Antoon Lorentz. O tema principal foi: "Radiação e os quantuns". Esta conferência considerou os problemas na física teórica e na física quântica. Albert Einstein foi o físico mais jovem entre os presentes. Outros membros de especial destaque da primeira conferência foram Marie Curie e Henri Poincaré.

  1. Walther Nernst
  2. Robert Goldschmidt
  3. Max Planck
  4. Marcel Brillouin
  5. Heinrich Rubens
  6. Ernest Solvay
  7. Arnold Sommerfeld
  8. Hendrik Antoon Lorentz (presidente)
  9. Frederick Lindemann
  10. Maurice de Broglie
  11. Martin Knudsen
  12. Emil Warburg
  13. Jean Baptiste Perrin
  14. Friedrich Hasenöhrl
  15. Georges Hostelet
  16. Edouard Herzen
  17. James Hopwood Jeans
  18. Wilhelm Wien
  19. Ernest Rutherford
  20. Marie Curie
  21. Henri Poincaré
  22. Heike Kamerlingh Onnes
  23. Albert Einstein
  24. Paul Langevin

Segunda conferência - 1913: A estrutura da matéria




A segunda conferência foi celebrada em 1913, e tinha por tema principal: "A Estrutura da Matéria".

Terceira conferência - 1921: Átomos e elétrons

 

Nesta conferência em 1921, nenhum cientista alemão foi convidado, porque o fim da Primeira Guerra Mundial tinha sido muito recente. Assim os cientistas alemães foram prejudicados, no entanto, a ausência dos físicos alemães diminuiram consideravelmente a qualidade da conferência, pois somente em universidades alemãs houve um progresso significatico na física moderna (teoria quântica, teoria da relatividade). O tema da conferência foi: "Átomos e Elétrons".

Quarta conferência - 1924: Condutibilidade elétrica dos metais e problemas correlatos

 

 Quinta conferência - 1927: Elétrons e fótons
 Quinta conferência - 1927: Elétrons e fótons

Quinta conferência - 1927: Elétrons e fótons

Nesta que foi talvés a mais famosa conferência, em 1927, sobre elétrons e fótons, a recém formulada teoria quântica foi discutida com as personalidades dominantes Albert Einstein e Niels Bohr (debate Einstein-Bohr). 17 dos 29 participantes possuiam ou receberiam o Prêmio Nobel.



Os participantes da conferência foram:
  1. Peter Debye
  2. Irving Langmuir
  3. Martin Knudsen
  4. Auguste Piccard
  5. Max Planck
  6. William Lawrence Bragg
  7. Émile Henriot
  8. Paul Ehrenfest
  9. Marie Curie
  10. Hendrik Anthony Kramers
  11. Edouard Herzen
  12. Hendrik Antoon Lorentz (presidente)
  13. Théophile de Donder
  14. Paul Dirac
  15. Albert Einstein
  16. Erwin Schrödinger
  17. Arthur Holly Compton
  18. Jules-Émile Verschaffelt
  19. Paul Langevin
  20. Louis-Victor de Broglie
  21. Charles-Eugène Guye
  22. Wolfgang Pauli
  23. Werner Heisenberg
  24. Max Born
  25. Charles Thomson Rees Wilson
  26. Ralph Howard Fowler
  27. Léon Brillouin
  28. Niels Bohr
  29. Owen Willans Richardson

Sexta conferência - 1930: O magnetismo

 


Sétima conferência - 1933: Estrutura e propriedades do núcleo atômico

 

Oitava conferência - 1948: As partículas elementares


Nona conferência - 1951: O estado sólido

Décima conferência - 1954: Os elétrons nos metais

                     

Décima - primeira conferência - 1958: Estrutura e evolução do universo

Os participantes da décima-primeira conferência, realizada em 1958, foram:
Sentados, da esquerda para a direita: William McCrea, Jan Hendrik Oort, Georges Lemaître, Gorter, Wolfgang Pauli, William Lawrence Bragg (presidente), Robert Oppenheimer, Moller, Harlow Shapley, Otto Heckmann;

Décima - segunda conferência - 1961: A teoria quântica dos campos

Os participantes da décima-primeira conferência, realizada em 1961, foram: William Lawrence Bragg (presidente)

Décima - terceira conferência - 1964: Estrutura e evolução das galáxias

Os participantes da décima-terceira conferência, realizada em 1964, foram: Robert Oppenheimer (presidente)

Décima - quarta conferência - 1967: Problemas fundamentais da física das partículas elementares

Os participantes da décima-terceira conferência, realizada em 1967, foram: Christian Møller (presidente)

Décima - quinta conferência - 1970: Propriedades de simetria do núcleo atômico

Os participantes da décima-quinta conferência, realizada em 1970, foram: Edoardo Amaldi (presidente)

Décima - sexta conferência - 1973: Astrofísica e gravitação

Os participantes da décima-quinta conferência, realizada em 1973, foram: Edoardo Amaldi (presidente)

Décima - sétima conferência - 1978: Ordem e flutuações na termodinâmica de equilíbrio e não equilíbrio

Os participantes da décima-quinta conferência, realizada em 1978, foram: Léon Van Hove (presidente)

Décima - oitava conferência - 1982: Física de altas energias

Os participantes da décima-quinta conferência, realizada em 1982, foram: Léon Van Hove (presidente)

Décima - nona conferência - 1987: Ciência da superfície

Os participantes da décima-quinta conferência, realizada em 1987, foram: Frederik W. de Wette (presidente)

Vigésima conferência - 1991: Óptica quântica

Os participantes da décima-quinta conferência, realizada em 1991, foram: Paul Mandel (presidente)

Vigésima - primeira conferência - 1998: Sistemas dinâmicos e irreversibilidade

Os participantes da décima-quinta conferência, realizada em 1998, foram: Ioannis Antoniou (presidente)

Vigésima - segunda conferência - 2001: Física da comunicação

Os participantes da décima-quinta conferência, realizada em 2001, foram: Ioannis Antoniou (presidente)

Vigésima - terceira conferência - 2005: A estrutura quântica do espaço e do tempo

Os participantes da vigésima-terceira conferência foram: Nima Arkani-Hamed, Abhay Vasant Ashtekar, Michael Atiyah, Constantin Bachas, Tom Banks, Lars Brink, Robert Brout, Claudio Bunster, Curtis Callan, Thibault Damour, Jan de Boer, Bernard de Wit, Robbert Dijkgraaf, Michael R. Douglas, Georgi Dvali, François Englert, Ludwig Faddejew, Pierre Fayet, Willy Fischler, Peter Galison, Murray Gell-Mann, Gary Gibbons, Michael Green, Brian Greene, David Gross (presidente), Alan Guth, Jeffrey Harvey, Gary Horowitz, Bernard Julia, Shamit Kachru, Renata Kallosch, Elias Kiritisis, Igor Klebanov, Andrei Linde, Dieter Lüst, Juan Maldacena, Nikita Nekrasov, Hermann Nicolai, Hirosi Ooguri, Joseph Polchinski, Alexander Poljakow, Eliezer Rabinovici, Pierre Ramond, Lisa Randall, Waleri Rubakow, John Schwarz, Nathan Seiberg, Ashoke Sen, Stephen Shenker, Eva Silverstein, Paul Steinhardt, Andrew Strominger, Gerardus 't Hooft, Neil Turok, Gabriele Veneziano, Steven Weinberg, Frank Wilczek, Paul Windey, Shing-Tung Yau.

Vigésima - quarta conferência - 2008: Teoria quântica da matéria condensada

Os participantes da vigésima-terceira conferência foram: Ian Affleck, Igor Aleiner, Boris Altshuler, Philip W. Anderson, Natan Andrei, Tito Arecchi, Assa Auerbach, Leon Balents, Carlo Beenakker, Immanuel Bloch, John Chalker, Juan Ignacio Cirac Sasturain, Marvin Cohen, Leticia F. Cugliandolo, Sankar Das Sarma, J. C. Davis, Eugene Demler, James Eisenstein, M.P.A. Fisher, Michael Freedman, Antoine Georges, S. M. Girvin, Leonid Glazman, David Gross, F. Duncan M. Haldane, Bertrand Halperin (presidente), Cathy Kallin, B. Keimer, Wolfgang Ketterle, Alexei Kitaev, Steven A. Kivelson, Klaus von Klitzing, Leo P. Kouwenhoven, Robert Betts Laughlin, Patrick A. Lee, Daniel Loss, A. H. MacDonald, Alexander Mirlin, Naoto Nagaosa, N. P. Ong, Giorgio Parisi, Pierre Ramond, Nicholas Read, T. M. Rice, Subir Sachdev, T. Senthil, Zhi-Xun Shen, Efrat Shimshoni, Ady Stern, Matthias Troyer, Chandra Varma, Xiao-Gong Wen, Steven R. White, Frank Wilczek, Peter Zoller.

Max Born

  
Max Born (Wrocław, 11 de dezembro de 1882Göttingen, 5 de janeiro de 1970) foi um físico alemão naturalizado britânico.
Recebeu o Nobel de Física de 1954, por seu trabalho sobre a Teoria Quântica (com Walther Bothe). Filho único de Gustav Born e Margarete Kauffmann, foi também o avô maternal da cantora e atriz britânica Olivia Newton-John.

Biografia

Inicialmente educado no König-Wilhelm-Gymnasium, Born prosseguiu os seus estudos superiores na Universidade de Breslau e depois nas Universidades de Heidelberg e Zurique. Durante este período ele tomou contacto com cientistas e matemáticos proeminentes como Klein, Hilbert, Minkowski, Runge, Schwarzschild e Voigt.
Em 1909 foi nomeado professor na Universidade de Göttingen, onde trabalhou até 1912, altura em que foi para a Universidade de Chicago. Em 1919, após um período no exército alemão, tornou-se professor na Universidade de Frankfurt am Main e, em 1921, foi novamente professor em Göttingen.
Durante este período, formulou a hoje aceita interpretação da densidade da probabilidade para ψ*ψ na equação de Schrödinger da mecânica quântica, pela qual recebeu o Nobel de Física de 1954, três décadas mais tarde.
Em 1933 (ano da chegada de Hitler ao poder), deixou a Alemanha para escapar ao anti-semitismo. Foi então ensinar na Universidade de Cambridge até 1936, e na Universidade de Edimburgo em 1953. Em 1954 regressou à Alemanha.
Albert Einstein era um amigo de Born, e foi numa carta escrita a Born em 1926 que Einstein formulou, referindo-se à mecânica quântica, a famosa frase "Deus não joga dados com o universo".
Participou da 5ª Conferência de Solvay.

 Johannes  Wilhelm Geiger
(Hans Geiger)


Johannes (Hans) Wilhelm Geiger (Neustadt an der Weinstrasse, 30 de setembro de 1882Potsdam, 24 de setembro de 1945) foi um físico alemão. Juntamente com Walther Müller, desenvolveu o contador Geiger.
Em 1902, Geiger começou a estudar física e matemática em Erlangen, obtendo um doutorado em 1906.
Em 1907 começou a trabalhar com Ernest Rutherford na Universidade de Manchester. Em 1912 tornou-se líder da Physical-Technical Reichsanstalt de Berlim, em 1925 professor em Kiel, 1929 em Tübingen e, a partir de 1936, em Berlim. Em Berlim, desenvolveu, em conjunto com o então estudante de graduação Walther Müller, o contador Geiger.
Descobriu com Mitchell Nuttall a lei Geiger-Nuttal e realizou experiências que levaram ao modelo atômico de Ernest Rutherford. Ele era também membro do Uranverein (Clube do Urânio) na Alemanha nazista, o grupo de físicos alemães que, durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou sem êxito na construção da bomba atômica alemã.
Sua lealdade ao Partido Nazi levou-o a trair seus colegas judeus.
Editou, juntamente com Karl Scheel, entre 1926 e 1933, o Handbuch der Physik, composto de 24 volumes.

Físico alemão, nascido em 1882 e falecido em 1945, é sobretudo conhecido por ter inventado, em 1928, com Muller, o contador de partículas designado por "contador de Geiger-Muller", muito utilizado para a deteção de radiações. Fez estudos sobre o percurso das partículas alfa e, em 1908, determinou a sua carga. Provou que o número atómico de um elemento químico representa o número de cargas existentes no núcleo.
Com Mardsen, em 1909, estudou a interação das partículas alfa com metais refletores de diferentes espessuras, mostrando que a deflecção não se devia a um mero efeito de superfície. As suas investigações levaram Rutherford a propor uma teoria nuclear para o átomo.
Com o seu contador de partículas, estudou, em 1925, o efeito Compton, e, a partir de 1931, dedicou-se ao estudo das radiações cósmicas.
 Julius Robert Oppenheimer


Julius Robert Oppenheimer (Nova Iorque, 22 de abril de 1904Princeton, 18 de fevereiro de 1967) foi um físico norte-americano.
Dirigiu o Projecto Manhattan para o desenvolvimento da bomba atómica, durante a Segunda Guerra Mundial, no laboratório nacional de Los Alamos, no Novo México.
Oppenheimer nasceu no seio de uma família judia. Estudou na Ethical Culture Society, onde chegou a realizar uma completa formação tanto em matemáticas e ciências como em literatura grega e francesa.
Filho de um imigrante alemão que se enriqueceu com a importação de produtos têxteis, graduou-se na Universidade de Harvard em 1925. Depois mudou-se para o Reino Unido para pesquisar no Cavendish Laboratory, dirigido por Ernest Rutherford. Foi convidado por Max Born para ingressar na Universidade de Göttingen, onde se doutorou em 1927. Ali conheceu outros físicos eminentes, como Niels Bohr e Paul Dirac. Depois de uma curta visita às universidades de Universidade de Leiden e Universidade de Zurich, regressou aos Estados Unidos para dar aulas de física na Universidade de Berkeley e no Instituto de Tecnologia da Califórnia.
No princípio centrou sua atenção nos processos energéticos das partículas subatómicas, incluídos os elétrons, positrons e raios cósmicos. Cedo se envolveu em assuntos políticos, preocupado pelo auge do nazismo na Alemanha. Em 1936 se mostrou partidário dos republicanos depois do estouro da guerra civil espanhola.
Ao herdar a fortuna do pai, falecido em 1937, não perdeu nenhuma oportunidade de subvencionar diversas organizações antifascistas. Decepcionado pelo comportamento dispensado aos cientistas pela ditadura estalinista, terminou por separar-se das associações comunistas a que esteve vinculado. Em 1939, Albert Einstein e Leo Szilard advertiram-no a respeito da terrível ameaça que tinha suposto para a humanidade sobre a possibilidade de que o regime nazista fosse o primeiro a dispor de uma bomba atômica. Oppenheimer começou então a pesquisar tenazmente sobre o processo de obtenção de urânio-235, a partir de mineral de urânio natural, ao mesmo tempo que determinava a massa crítica de urânio requerida para a bomba.
Em 1942 integrou-se ao Projeto Manhattan, destinado a gerir a investigação e o desenvolvimento por parte de cientistas britânicos e estadunidenses da energia nuclear com fins militares. A sede central, o laboratório secreto de Los Alamos, no Novo México, foi eleita pelo próprio Oppenheimer. Depois do sucesso da prova efetuada em Alamogordo, em 1945, se demitiu como diretor do projeto.
Dois anos depois foi eleito presidente da Comissão para a Energia Atômica estadunidense, cargo que exerceu até 1952. Um ano mais tarde, devido a sua antiga vinculação com os comunistas, foi vítima da caça às bruxas de McCarthy, e foi destituído da presidência da comissão. Participou da 8ª e 10ª Conferência de Solvay, e foi presidente da 13ª, em 1964.
Os últimos anos de sua vida foram dedicados à reflexão sobre os problemas surgidos da relação entre a ciência e a sociedade. Morreu de câncer na garganta, aos 62 anos de idade.

Físico norte-americano (22/4/1904-18/2/1967). Responsável pela descoberta do processo de morte das estrelas, por causa do colapso de sua massa em uma "singularidade", representada por um ponto geométrico de densidade infinito, mais tarde denominado buraco negro.
Filho de imigrantes alemães, Julius Robert Oppenheimer nasce em Nova York. Estuda na Universidade Harvard e depois na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Obtém o título de doutor em 1927, pela Universidade de Göttinger, na Alemanha, onde conhece físicos importantes, entre eles Niels Bohr e Paul Dirac.
Contrário ao nazismo apóia os republicanos na Guerra Civil Espanhola. De volta aos Estados Unidos (EUA), dá aulas de física na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e no Instituto de Tecnologia da Califórnia. Destaca-se pela descoberta do processo de colapso gravitacional das estrelas, inevitável, conforme prevê sua teoria, depois que ocorre a queima total de seu "combustível" termonuclear.
Em 1943 é nomeado diretor do Projeto Manhattan, que produzirá nos laboratórios do governo norte-americano em Los Álamos, Novo México, as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki.
Apesar de aprovar o bombardeio, com o final da guerra passa a lutar pelo controle internacional das armas nucleares e, por isso, é investigado pelo macarthismo, suspeito de "atividades antiamericanas". Morre em Princeton. 
 James Dewey Watson


James Dewey Watson (Chicago, 6 de Abril de 1928) é um biólogo molecular, geneticista e zoologista estadunidense. É um dos autores do "modelo de dupla hélice" para a estrutura da molécula de DNA. O trabalho publicado em 1953 na revista Nature valeu-lhe o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1962, juntamente com Francis Crick e Maurice Wilkins.

Biografia

Em 1947 ingressa na Universidade de Indiana, onde trabalhava Hermann Muller.
Foi galardoado com o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1962 (partilhado esse ano com Maurice Wilkins e Francis Crick) pelo seu trabalho sobre as mutações induzidas pelos raios X. Em maio de 1950, com idade de 22 anos, Watson completou a sua graduação em Zoologia. Integrou a Universidade de Harvard em 1955. Trabalhou juntamente com a biofísico britânico Francis Crick no Laboratório Cavendish, Universidade de Cambridge de 1951 até 1953.
Tomando como base os trabalhos realizados por Maurice Wilkins, Watson e Crick revelaram a estrutura em dupla hélice da molécula do ácido desoxirribonucleico (ADN). As investigações proporcionaram os meios para comprender como se copia a informação hereditária. Eles descobriram que a molécula de DNA é formada por compostos químicos chamados nucleotídeos. Cada nucleotídeo consta de três partes: um açúcar chamado desoxirribose, um grupo fosfórico e uma das quatro possíveis bases nitrogenadas: adenina (A), timina (T), guanina (G) e citosina (C). Posteriormente Arthur Kornberg apresentou provas experimentais da exatidão do modelo apresentado. Como reconhecimento dos seu trabalhos sobre a molécula de ADN, Watson, Crick e Wilkins receberam o Prémio Nobel.
Em 1968 foi director do Laboratório de Biologia Quantitativa de Cold Spring Harbor, Nova Iorque. Escreveu The Double Helix (A Dupla Hélice, 1968), história da descoberta da estrutura do DNA. Participou no Projecto do Genoma Humano.
Em 2010 foi eleito presidente do Comité Científico da Fundação Champalimaud[1].

  Declarações polêmicas

Watson declarou, em artigo publicado no Sunday Times Magazine em 14 de outubro de 2007, que está "inerentemente pessimista quanto às perspectivas da África" porque "todas as nossas políticas sociais estão baseadas no fato de que a inteligência deles é a mesma que a nossa – enquanto que todos os testes dizem que não é assim". Ele afirma desejar que todos fossem iguais, mas argumentou que "pessoas que têm de lidar com empregados negros descobrem que isso não é verdadeiro". Ele afirmou que não se deveria discriminar com base na cor da pele, porque "existem muitas pessoas de cor que são bastante talentosas, mas que não são encorajadas quando não obtêm sucesso no nível mais elementar."[2]
"Não há nenhuma razão sólida para antecipar que as capacidades intelectuais de pessoas geograficamente separadas em sua evolução provem ter evoluído de forma idêntica", escreveu. "Nosso desejo de reservar poderes iguais de raciocínio como alguma herança universal da humanidade não será suficiente para fazer com que assim seja."[3]
Como resultante destes comentários, o Museu de Ciências de Londres cancelou uma palestra que Watson daria em 19 de outubro de 2007. O porta-voz do museu declarou: "sentimos que o dr. Watson foi além do ponto do debate aceitável e estamos, como resultado, cancelando sua palestra".[4]
Watson posteriormente desculpou-se por seus comentários, declarando: "para todos aqueles que extraíram uma inferência de minhas palavras de que a África, como continente, é de algum modo geneticamente inferior, posso somente me desculpar sem restrições. Não foi o que eu quis dizer. O mais importante, do meu ponto de vista, é que não há base científica para tal crença", e depois, "não posso entender como posso ter dito o que foi citado como eu tendo dito. Posso certamente entender por que as pessoas que leram estas palavras reagiram da forma que reagiram."[5][6]
Várias criíticas lhe foram dirigidas por este motivo. Keith Vaz, deputado trabalhista lamenta que um "cientista de tamanha reputação” faça comentários "acientíficos e sem nenhuma base" e que é "um destacado biólogo molecular e não deveria entrar em temas em que não está qualificado" (Steven Rose, neurobiólogo).
Watson tornou-se conhecido por fazer declarações polêmicas acientíficas. No seu livro Paixão pelo DNA (primeira edição em 2000), manifestou-se a favor da eugenesia, assunto que a sua condição de biólogo molecular não lhe confere qualificação. Em outras ocasiões, como no cinquentenário do descobrimento que lhe valeu o Nobel em conjunto com Francis Crick e Maurice Wilkins, fez comentários acientíficos a favor da clonagem humana e manipulação genética (El Mundo, 25-IV-2003).

Geneticista e biofísico norte-americano (6/4/1928-). Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1962, junto com os ingleses Francis Crick e Maurice Wilkins. Um dos cientistas que desvendam a estrutura molecular do ácido desoxirribonucléico (DNA), a substância essencial da vida.
Nasce em Chicago e estuda biologia na Universidade de Chicago, onde se gradua em 1947. Logo depois toma contato com as pesquisas do microbiologista Oswald Avery, da Universidade de Indiana, que provam a influência do DNA nos traços hereditários, e acredita que possa pesquisar o gene pela reconstituição das moléculas de ácido nucléico.
Atinge seus objetivos nos laboratórios Cavendish, da Universidade de Cambridge, Reino Unido, onde aprende técnicas de difração do raio X e trabalha com Crick na pesquisa da estrutura do DNA. Em 1953 consegue ver os componentes da substância essencial da vida, suas quatro bases orgânicas, unidas aos pares, e formula o modelo de sua estrutura, bem como de seu mecanismo de duplicação.
 O resultado da pesquisa é publicado no jornal britânico Nature no mesmo ano. Em 1955 vai para a Universidade Harvard e trabalha como professor de biologia (1961-1976), pesquisando o papel dos ácidos nucléicos na síntese de proteína. 



James Watson, Francis Crick, and Maurice Wilkins received the Nobel Prize for discovering the structure of DNA. But, did they steal data from a female colleague, Rosalind Franklin,  and claim credit for themselves? Basically, Franklin worked in the same lab as Wilkins which was down the hall from Watson and Crick's lab. Although Franklin and Wilkins held equal positions in the lab, Wilkins regarded Franklin as merely a technician (not a real scientist) due to the fact that she was female. This obviously created tension between them. Down the hall, Watson and Crick were trying to figure out the structure of DNA. Franklin was also working on this problem. She was an expert at taking pictures of crystals and had some beautiful pictures of DNA.

One day, Wilkins took her pictures and showed them to Watson and Crick without her permission or knowledge (a big no-no in the science community). After looking at the pictures, it became clear to Watson and Crick that DNA was a double-helical structure. They immediately published their findings and basically became famous overnight. Although their discovery relied heavily on Franklin's data, she was never equally credited. Franklin died of ovarian cancer in 1958 and although the men received the Nobel Prize in 1962, Franklin was not included because Nobel Prizes are not given posthumously. A raw deal in my opinion. On a side note, James Watson continues to be a real gem of a human. Here is an article from 2007 that highlights his true colors. 
Tradução:

James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins receberam o Prêmio Nobel pela descoberta da estrutura do DNA. Mas, eles roubam os dados de uma colega, Rosalind Franklin, e reclamaram os louros para si? Basicamente, Franklin trabalhava no mesmo laboratório como Wilkins, que ficava ao fundo do corredor do laboratório de Watson e Crick. Apesar de Franklin e Wilkins terem cargos iguais no laboratório, Wilkins considerava Franklin  como meramente uma técnica (e não uma verdadeira cientista), devido ao fato de que ela era uma mulher. Isto, obviamente, criou tensão entre eles. No final do corredor, Watson e Crick estavam tentando descobrir a estrutura do DNA. Franklin também estava trabalhando sobre este problema. Ela era especialista em tirar fotos de cristais e tinha algumas belas fotos de DNA.
Um dia, Wilkins pegou suas imagens e mostrou a Watson e Crick sem sua permissão ou conhecimento (uma grande falta de senso na comunidade científica). Depois de olhar para as imagens, ficou claro para Watson e Crick que o DNA era uma estrutura de dupla hélice. Eles imediatamente publicaram suas descobertas e, basicamente, se tornam famosos da noite para o dia. Embora sua descoberta tenha se baseado fortemente em dados de Franklin,  ela nunca foi igualmente creditada. Franklin morreu de câncer de ovário em 1958 e, embora os homens tenham recebido o Prêmio Nobel em 1962, Franklin não foi incluída porque prêmios Nobel não são dados a título póstumo. Um negócio cruel em minha opinião. Em uma nota lateral, James Watson continua a ser uma verdadeira jóia de ser humano. Aqui está um artigo a partir de  2007, que destaca suas verdadeiras cores.
 
Francis Harry Compton Crick


Francis Harry Compton Crick (Northampton, 8 de Junho de 1916San Diego, 28 de Julho de 2004) foi um biólogo molecular, biofísico e neurocientista britânico, mais conhecido pelo "modelo de dupla hélice", juntamente com James Watson e Maurice Wilkins, da estrutura da molécula de ADN em 1953.
Modelo de DNA de Crick e Watson construído em 1953, foi reconstruído em 1973 e doado ao Museu de Ciências de Londres
Formou-se em física pelo University College, em Londres. Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial foi trabalhar na Royal Navy, interrompendo a sua pesquisa de doutorado. À época fazia estudos de campo em minas. Após o término da guerra e refletir sobre aspectos relativos à vida, mudou seu "objeto" de estudo. Quando retornou à pesquisa, optou pela biofísica, investigando dois temas: a natureza da consciência e a diferença entre os vivos e os não-vivos. Mudou-se para Cambridge, onde, no Laboratório Cavendish da Unidade do Conselho de Pesquisas Médicas de Max Perutz (autoridade no assunto à época) iniciou o estudo da formação das proteínas e o trabalho com cristalografia dos raios X.
Em 1953, em parceria com o biólogo norte-americano James Watson, baseados no trabalho experimental dos britânicos Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, propuseram a estrutura da famosa molécula de dupla hélice denominada ácido desoxirribonucleico (ADN), constituinte dos cromossomos e responsável pela transmissão das características hereditárias dos seres vivos. Esse trabalho foi publicado em 25 de abril de 1953 na revista "Nature"; inicialmente ignorado, foi ganhando aos poucos reconhecimento do mundo científico, tendo Crick conquistado o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1962, dividido com James Watson e Maurice Wilkins. Rosalind Franklin já havia morrido.
Antes da publicação do artigo sobre (ADN), Watson e Crick não passavam de meros pesquisadores. tinham de correr contra o tempo, pois sabiam que Pauling, desfrutando de imenso prestígio científico, estava prestes a propor um modelo de cadeia tripla para o (ADN). Como o modelo de cadeia dupla se ajustava adequadamente aos dados cristalográficos de preparações de Rosalind Franklin, Pauling imediatamente desistiu de seu modelo.
Após a publicação, Watson continuou seus estudos nesta área precursora da Biologia Molecular, razão pela qual aparece mais frequentemente associado a esse assunto.
Até que chegaram a esse modelo, Crick e Watson passavam horas analisando, pensando e trocando idéias sobre como os dados poderiam se encaixar num modelo. Dos dois, Crick era, de longe, o mais extrovertido da dupla. Segundo Watson, se sabia se Crick estava ou não no laboratório pelas suas risadas, audíveis do outro lado do corredor.
Crick dedicou a maior parte da sua vida à neurociência. O seu último livro publicado foi "The Astonishing Hypothesis".
Morreu em 28 de Julho de 2004 de câncer, aos 88 anos, em San Diego, Califórnia.
 
Maria Sklodowska - Marie Curie

Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, (Varsóvia, 7 de Novembro de 1867Sallanches, 4 de Julho de 1934) foi uma cientista polaca que exerceu a sua actividade profissional na França. Foi a primeira pessoa a ser laureada duas vezes[1] com um Prémio Nobel, de Física, em 1903 (dividido com seu marido, Pierre Curie, e Becquerel) pelas suas descobertas no campo da radioatividade (que naquela altura era ainda um fenómeno pouco conhecido) e com o Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio. Foi uma diretora de laboratório reconhecida pela sua competência.

Juventude

Maria Sklodowska nasceu na atual capital da Polônia, Varsóvia, em 7 de novembro de 1867, quando essa ainda fazia parte do Império Russo. Seu pai era professor numa escola secundária. Marie educou-se em pequenas escolas da região de Varsóvia, e logrEstudosou um nível básico de formação científica, com seu pai.[2]
Envolveu-se com uma organização estudantil que almejava transformar a ciência e, por isso, foi levada a fugir de Varsóvia - que então era dominada pela Rússia - para a Cracóvia, na época parte do Império da Áustria. Em 1881, com a ajuda da irmã, mudou-se para Paris, onde concluiu os seus estudos. Estudando na Sorbonne, obteve licenciatura em física e em matemática. Em 1894 conheceu Pierre Curie, professor na Faculdade de Física, com quem no ano seguinte se casou.[2]

Estudos 

Carreira científica

Marie Curie conseguiu que seu marido, Pierre Curie, se tornasse chefe do Laboratório de Física da Sorbonne. Doutorou-se em Ciências em 1903, e após a morte de Pierre Curie em 1906, em um acidente rodoviário, ela ocupou o seu lugar como professora de Física Geral na Faculdade de Ciências. Foi a primeira mulher a ocupar este cargo. Foi também nomeada Diretriz do Laboratório Curie do Instituto do Radium, da Universidade de Paris, fundado em 1914.[2]
Participou da 1ª à 7ª Conferência de Solvay.

Reconhecimento

Oito anos depois, recebeu o Nobel de Química de 1911, «em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da química, com o descobrimento dos elementos rádio e polônio, o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elemento». Com uma atitude generosa, não patenteou o processo de isolamento do rádio, permitindo a investigação das propriedades deste elemento por toda a comunidade científica.

O Nobel da Química foi-lhe atribuído no mesmo ano em que a Academia de Ciências de Paris a rejeitou como sócia, após uma votação ganha por Eduard Branly com diferença de apenas um voto.
Foi a primeira pessoa a receber duas vezes o Prêmio Nobel. Linus Pauling repetiu o feito, ganhando o Nobel de Química, em 1954 e o Nobel da Paz em 1962 e tornou-se a única personalidade a ter recebido dois Prêmios Nobel não compartilhados. Por outro lado, Marie Curie foi a única pessoa a receber duas vezes o Prêmio Nobel, em áreas científicas.
Em 1906, sucedeu ao seu marido na cadeira de Física Geral, na Sorbonne.
Depois da morte do seu marido, Marie teve um relacionamento amoroso com o físico Paul Langevin, que era casado, fato que resultando num escândalo jornalístico com referências xenófobas, devido à sua origem polaca.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os Estados Unidos, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que faziam uso de material radioativo sem precauções. Visitou também o Brasil, atraída pela fama das águas radioativas de Lindoia.
Fundou o Instituto do Rádio, em Paris. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.
Marie Curie morreu perto de Salanches, França, em 1934 de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça das radiações durante o seu trabalho. Sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu o Nobel de Química de 1935, ano seguinte à morte de Marie.
O seu livro "Radioactivité" (escrito ao longo de vários anos), publicado a título póstumo, é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados à Radiatividade clássica.
Em 1995 seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a ser sepultada neste local.
 

Durante o período da hiperinflação nos anos 90, sua efígie foi impressa nas notas de banco de 20000 zloty da sua Polônia natal.
A sua filha, Éve Curie, escreveu a mais famosa das biografias da cientista, traduzida em vários idiomas. Em Portugal, é editada pela editora "Livros do Brasil". Esta obra deu origem em 1943 ao argumento do filme: "Madame Curie", realizado por Mervyn LeRoy e com Greer Garson no papel de Marie Curie.
Foram também feitos dois telefilmes sobre a sua vida: "Marie Curie: More Than Meets the Eye" (1997) e "Marie Curie - Une certaine jeune fille" (1965), além de uma minissérie francesa, "Marie Curie, une femme honorable" (1991).
O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio, símbolo Cm foi batizado em honra do Casal Curie.

John Bardeen


É o único a receber duas vezes o Nobel de Física. A primeira em 1956, "por pesquisas de semicondutores e a descoberta do transistor", juntamente com William Bradford Shockley e Walter Houser Brattain, e a segunda em 1972, pelo desenvolvimento conjunto da teoria da supercondutividade, também conhecida como Teoria BCS (Bardeen/Cooper/Schrieffer), conjuntamente com Leon Neil Cooper e John Robert Schrieffer.
Em 23 de maio de 2008, John Bardeen completaria 100 anos.
Bardeen foi o único cientista a ganhar duas vezes o prêmio Nobel da Física, e uma vez por uma descoberta experimental e outra teórica! Em 1956, por ter sido um dos inventores do transistor, e em 1972 por ter proposto a teoria microscópica das interações entre os elétrons que explica a origem da supercondutividade do tipo I.
Este mês, a Physics World preparou uma edição especial sobre Bardeen.
Os trabalhos de Bardeen são de suma importância para a ciência. Os dois prêmios Nobel que recebeu foram devidos as suas pesquisas sobre uma bela e simples pergunta:
O que causa a condução elétrica dos materiais?
A condução elétrica é um fenômeno que só pode ser plenamente explicado dentro da mecânica quântica, que foi desenvolvida por volta de 1920. Com a descoberta da teoria das bandas de condução eletrônica em sólidos foi possível explicar como funciona os semicondutores. Conhecendo a origem do mecanismo de condução nestes materiais, Bardeen, Brattain e Shockeley projetaram o diodo de semicondutor e o transistor, que hoje são componentes fundamentais dos circuitos dos computadores digitais.
Mais curiosos que os metais e semicondutores, são os materiais supercondutores. Estes materiais têm resistência elétrica identicamente nula. Para os supercondutores do tipo I, Bardeen, Schrieffer e Cooper mostraram que uma interação entre os elétrons anula o efeito da resistência, de modo que o movimento coletivo dos elétrons no sólido gera uma corrente que se sustenta por tempo indeterminado. Um dos fenômenos da supercondutividade do tipo I é que o material expele qualquer campo magnético do seu interior, conhecido como o efeito Meissner.
Bardeen ingressou na universidade estadual de Wisconsin em Madison para fazer engenharia elétrica. Ele se formou em 1928 e trabalhou como engenheiro até 1933, quando decidiu largar a engenharia e seguir em um doutorado em física matemática na Universidade de Princeton. Ele foi orientado por Eugene Wigner e decidiu fazer sua pesquisa de doutoramento em física do estado sólido. Depois da guerra, Bardeen foi contratado no Bell Labs onde suas pesquisas de estado sólido levaram a invenção do transistor. Em 1951, Bardeen foi contratado como professor de engenharia elétrica e física na Universidade de Illinois, e foi em 57 que ele propôs a explicação da supercondutividade do tipo I.
 
Frederick Sanger



Frederick Sanger (Rendcombe, Gloucestershire, 13 de Agosto de 1918) é um bioquímico inglês.
É o segundo filho de Frederick Sanger, médico, e sua esposa, Cicely. Estudou na Escola Bryanston e, posteriormente concluiu o seu Bacharelato em Ciências Naturais, em 1939, na St John's College de Cambridge. Criado como membro de um grupo religioso de tradição protestante, ele aprendeu a abominar a violência, e durante a Segunda Guerra Mundial ele foi um objector de consciência, tendo sido autorizado a prosseguir a sua investigação para o doutoramento.
Recebeu o Nobel de Química de 1958, por ter determinado a estrutura molecular da insulina. Conjuntamente com Walter Gilbert, recebeu novamente o Nobel de Química de 1980, por estudos sobre o DNA.
Inicialmente, destinado a estudar medicina, ficou interessado em bioquímica, porque alguns dos principais bioquímicos de todo o mundo, viviam em Cambridge, na altura. Ele completou seu doutoramento em 1943 sobre o metabolismo da lisina e mais um problema prático relativo ao azoto de batatas, de A. Neuberger. Descobriu ainda a estrutura das proteínas, mais conhecida como a insulina proteína. Também contribuiu para a determinação das sequências base do DNA.

Investigação

Sanger descobriu a sequência completa de aminoácidos de insulina, em 1955, provando que as proteínas têm estruturas definidas. Ele começou por separar e fragmentar a molécula de insulina através da mistura da enzima tripsina com uma solução de insulina. Posteriormente, então assumiu uma forma de cromatografia sobre a mistura aplicando uma pequena amostra da mesma para o final de uma folha de papel de filtro. Passou um solvente através do filtro de papel numa direcção, e uma corrente eléctrica, através do papel, no sentido oposto. Dependendo da sua solubilidade e de carga, os diferentes fragmentos de insulina mudaram-se para diferentes posições sobre o papel, criando um padrão distinto. Sanger chamou a esses padrões "impressões digitais". Tal como as impressões digitais dos humanos, esses padrões são característicos de cada proteína, e reprodutíveis. Reagrupou os pequenos fragmentos em sequências maiores para deduzir a estrutura completa da insulina, concluindo que a insulina tinha uma sequência precisa de aminoácidos. Foi graças a este êxito que ele recebeu seu primeiro Nobel de Química, em 1958.
Em 1975, ele desenvolveu o método da cadeia de rescisão de sequenciamento do DNA, também conhecido como o ‘’método rescisão Dideoxy’’ ou o ‘’método Sanger’’. Dois anos mais tarde ele usou a sua técnica, sequenciando com sucesso o genoma do fago Φ-X174; a primeira base de genoma do DNA totalmente sequenciada. Este tem sido de fundamental importância em projectos como o Projecto Genoma Humano, e ele recebeu seu segundo Nobel de Química, em 1980, juntamente com Walter Gilbert. Os outros únicos laureados a recebem um Prêmio Nobel duas vezes foram Marie Curie, Linus Pauling e John Bardeen. Ele é o único a receber dois prémios em química. Em 1979, foi congratulado com o Prémio Louisa Bruto Horwitz na Universidade de Columbia, juntamente com Walter Gilbert e Paul Berg, co-agraciados do Nobel de Química de 1980.

Recentemente

Frederick Sanger reformou-se em 1983. Em 1992, a Wellcome Trust e o Conselho de Investigação Médica fundou o Centro Sanger (que passou a Sanger Institute), em sua homenagem.
O Instituto Sanger, localizado próximo de Cambridge, Inglaterra, é um dos mais importantes centros de investigação do genoma, do mundo e desempenhou um papel proeminente na sequenciação do genoma humano. A sua única manifestação pública em duas décadas foi a de juntar o seu nome a uma carta de outros laureados com o Prémio Nobel, britânicos, protestando contra a guerra no Iraque. Referindo-se à sua juventude de objector de consciência, ele disse, "Eu ainda odeio a guerra. É por isso que assinei esta carta".
Em 2007, foi dada à Sociedade Britânica Bioquímicos uma concessão por parte da Wellcome Trust para catalogar e preservar os 35 cadernos de laboratório, nos quais Sanger tinha gravado a sua notável investigação de 1958 a 1983. Referindo-se à esta questão, a revista "Science" constatou que Sanger, "a mais modesta pessoa que poderíamos conhecer", desfrutava agora o seu tempo fazendo jardinagem na sua casa em Cambridgeshire.
Mesmo na reforma, Sanger tem utilizado o seu amplo conhecimento do DNA ajudando cientistas e académicos actuais nos seus trabalhos.
Em 1980, recebeu novamente o Prêmio Nobel em virtude de suas investigações (cujos resultados foram publicados em 1977) sobre a seqüência dos nucleotídeos no DNA (ácido desoxirribonucléico) de uma bactéria, que apresenta um total de 5.375 nucleotídeos. Nessa época, ele revelou a elaboração de um mapa da estrutura do DNA humano, constituído por mais de 17 mil nucleotídeos.

Gilbert Newton Lewis


 Gilbert Newton Lewis (Weymouth, 23 de Outubro de 1875Berkeley, 23 de Março de 1946) foi um químico estadunidense.
Estudou na Universidade de Harvard e mais tarde em Leipzig e Göttingen, tendo dirigido o gabinete de pesos e medidas no Laboratório Governamental das Filipinas (1904-1905). De 1907 a 1912 foi professor de Físico-química no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Em 1912 mudou-se para a Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde foi professor de Química e reitor até à sua morte.
Introduziu novos conceitos em termodinâmica e propôs o nome "fóton" para o quantum da radiação luminosa (1926). Seus trabalhos de maior repercussão na química foram aqueles em que deu explicações mais adequadas para as ligações químicas em compostos orgânicos: compartilhamento de um par de elétrons por dois átomos (1916). Em virtude desses trabalhos, seu nome está associado a uma definição geral de ácido (substância capaz de receber um par de elétrons) e de base (substância capaz de doar um par de elétrons). Dedicou-se também à preparação de uma amostra de água na qual os átomos de hidrogênio foram substituídos por deutério (²H): a "água pesada" (D2O). Foi Lewis que introduziu o desenho da camada de valência nos respectivos átomos, sendo esse novo conceito de fundamental importância na ligação iônica, o que acabou por facilitar a visualização da troca de elétrons entre os íons.

IRVING LANGMUIR


Irving Langmuir foi o primeiro químico não-acadêmico (e o segundo americano) a receber o Prêmio Nobel, em 1932, "por suas excepcionais descobertas e invenções no campo da Química de Superfície". Suas contibuições à Físico-Química de Superfície, sem a menor dúvida, justificam o prêmio recebido. No entanto, o que infelizmente é pouco notado (principalmente pelos químicos), o trabalho de Langmuir atingiu diversos campos da ciência, com importância fundamental, passando pelo estudo do átomo1 e chegando até a ciência atmosférica2. Nascido em 31 de Janeiro de 1881, no Brooklyn, NY, Irving foi encorajado desde cedo por seus pais, Charles Langmuir e Sadie Comings Langmuir, a observar cuidadosamente a natureza e a manter um registro detalhado destas observações. A curiosidade de Langmuir por questões básicas da ciência como "por que a água ferve?" ou "por que a chuva cai?" era sanada em parte pelo químico Arthur Langmuir, que muito o influenciou, e que pacientemente respondia todas as perguntas de seu irmão mais jovem. O interesse multidisciplinar de Langmuir já mostrava sinais quando ele optou por se graduar em Engenharia Metalúrgica pela Columbia University, em 1903, escolhendo este curso porque "ele era forte em Química, continha mais Física que o curso de Química, e mais Matemática que o curso de Física", como ele declarou mais tarde. Como todo estudante americano daquela época, Langmuir foi para a Alemanha obter o grau de Doutor, escolhendo (o que o fututro revelaria ter sido a decisão certa) a Universidade de Göttingen, sob a orientação de Wather Nerst (que receberia o Prêmio Nobel em 1920). Seu doutorado envolveu o estudo da dissociação de gases em filamentos incandescentes. Após receber o título de Doutor em 1906, Langmuir assumiu o cargo de Professor no Departamento de Química do “Stevens Institute of Technology”, em New Jersey, com aparentemente pouca oportunidade para pesquisa, publicando no intervalo de 3 anos apenas um artigo sem resultados experimentais. Em 1909, Dr. Willis R. Whitney, Diretor do Laboratório de Pesquisas da General Electric (GE) em Schenectady, NY, ofereceu à Langmuir um trabalho durante o verão. Langmuir, desapontado com a Universidade, aceitou a proposta. Seu trabalho impressionou Whitney, e então, no outono de 1909, Langmuir mudou-se para Schenectady para trabalhar no laboratório de pesquisas da GE, iniciando assim o que viria a se tornar o mais espetacular exemplo do trabalho de um cientista na indústria.
O primeiro trabalho de Langmuir na GE foi motivado pela sua pesquisa no doutorado, enfocando o problema da perda de luminosidade de uma lâmpada pelo escurecimento da parede interna do bulbo. O segundo foi relativo ao fato de que o vácuo dentro do bulbo tornava-se mais eficiente com o tempo. Os estudos nesta área, objetivando a compreensão dos fenômenos envolvidos, levaram ao seu primeiro (e um dos mais importantes) invento: a lâmpada elétrica incandescente3.
Ao mesmo tempo, os estudos na área de transferência de calor em vários gases em contato com filamentos quentes mostrou que o hidrogênio molecular se dissociava. Langmuir descobriu então o hidrogênio atômico4, e inventou também o maçarico de hidrogênio, o qual atinge uma temperatura altíssima, e é usado para soldar metais não afetados pelo maçarico de oxiacetileno. Os primeiros anos de trabalho na GE, sem dúvida, mostraram-se extremamente produtivos. Além dos inventos com enormes aplicações práticas, Langmuir também contribuiu para o aperfeiçoamento de outros produtos da GE. Os estudos que resultaram na lâmpada incandescente, uma descoberta que gerou a economia de milhões de dólares em eletricidade, levaram à teoria de adsorção de gás e catálise heterogênea5, estabelecendo Langmuir como o pioneiro na Química de Superfície Moderna. Neste estudo, Langmuir descreve a importância de reações em camadas monomoleculares, contrariando a idéia geral até então adotada. Deste trabalho também surgiu a expressão matemática que relaciona a concentração superficial em função da pressão na fase gasosa, hoje conhecida como "Isoterma de Adsorção de Langmuir". Em 1916 e 1917, Langmuir publicou dois artigos monumentais sobre as propriedades fundamentais dos sólidos e líquidos6, estabelecendo com isso a base de seu Prêmio Nobel. Langmuir também contribuiu significativamente para o entendimento do fenômeno da transferência de calor, tanto em gases como em equipamentos7. Entre 1919 e 1921, Langmuir se preocupou com a estrutura atômica, publicando alguns artigos na área. Ele formulou matematicamente a Teoria do Octeto1, cujo nome foi dado por ele também, definiu e explicou o termo “valência”, introduziu os nomes “dupla-ligação” (Langmuir era um artífice em dar nomes), “ligação polar”, e “plasma”. Langmuir ainda explicou os termos “isoeletrônico”, “isômeros”, e “isóbaros”. Pouquíssimos livros-texto reconhecem a importância do trabalho de Langmuir em relação ao átomo. Ele trabalhou para o governo americano durante as Guerras Mundiais, ajudando no desenvolvimento de radares, cortinas de proteção de fumaça, degelo das asas de aeronaves, etc.. Não satisfeito, aos 65 anos de idade, Langmuir resolveu deliberadamente modificar o tempo, pulverizando núvens com gelo seco e cristais de iodeto de prata2.
O presente trabalho tem o objetivo de “apresentar aos químicos” uma visão geral da pesquisa de Langmuir, destacando suas invenções práticas e suas contribuições à teoria atômica. Tomando como exemplo o seu trabalho na GE, é também discutida brevemente a importância de um cientista na indústria.

Referências: 1) William B. Jensen, "Adegg, Lewis, Langmuir, and the Octet Rule", Journal of Chemical Education, 61, 191 (1984); 2) M. L. Kastens, "Weather to Order", Chemical and Engineering News, 29, 1090 (1951); 3) I. Langmuir, U.S. Patent no 1,180,159, April 16, 1916; 4) I. Langmur, "The Dissociation of Hydrogen into Atoms", J.A.C.S., 34, 860 (1912); 5) I. Langmuir, "Chemical Reactions at Low Pressures", J.A.C.S., 37, 1139 (1915); 6) I. Langmuir, “The Constitution and Fundamental Properties of Solids and Liquids: I. Solids”, J.A.C.S, 38, 2221 (1916); e “II. Liquids”, ibid, 39, 1848 (1917); 7) I. Langmuir et al., “Flow of Heat thru Furnace Walls: the Shape Factor”, Transactions of the American Electrochemical Society, 24, 53 (1913).
 Arnold Sommerfeld

 
Arnold Sommerfield (1868-1951), the German physicist who modified Niel Bohr's model of the atom in 1916. He lectured for many years at the University of Munich in Germany.
Arnold Johannes Wilhelm Sommerfeld (Königsberg, 5 de dezembro de 1868Munique, 26 de abril de 1951) foi um físico alemão que introduziu a constante da estrutura fina em 1919.
Arnold Sommerfeld nasceu em Königsberg, onde estudou matemática e ciências físicas na Universidade de Königsberg.
Após ter recebido seu título de doutorado em 1891, trabalhou na Universidade de Göttingen, onde recebeu um professorado em 1896. Tornou-se professor de matemática na Universidade Clausthal-Zellerfeld em 1897, e de engenharia técnica na Universidade de Aix-la-Chapelle, em 1900, onde desenvolveu a teoria da lubrificação hidrodinâmica. Em 1897, começou uma colaboração de treze anos com Felix Klein, em um tratado de quatro volumes sobre o giroscópio.
Entre 1906 e 1931 estabeleceu-se como professor de física na Universidade de Munique. Lá teve contato com a teoria da relatividade restrita de Albert Einstein. Suas contribuições matemáticas à teoria ajudaram seu reconhecimento pelos mais céticos.
Em 1914 estudou com Léon Brillouin a propagação de ondas eletromagnéticas em meios dispersivos. Posteriormente foi um dos fundadores da mecânica quântica e co-descobridor da lei de quantização de Sommerfeld-Wilson, uma generalização do modelo atômico de Niels Bohr, que foi substituída pela equação de Erwin Schrödinger.
Seu livro Estrutura atômica e linhas espectrais (1919) tornou-se um clássico.
Teve vários alunos famosos, especialmente Werner Heisenberg, Wolfgang Pauli, Hans Bethe e Peter Debye.
Em 1927 aplicou as estatísticas de Fermi-Dirac ao modelo de Drude dos elétrons em metais. A nova teoria resolveu boa parte dos problemas de predição das propriedades térmicas do modelo.
Sommerfeld foi um grande teórico e, além de suas valiosas contribuições à teoria quântica, trabalhou em outros campos da física, tais como a teoria clássica do eletromagnetismo.
Propôs uma solução para o problema de radiação hertziana de um dipolo aterrado, que por anos conduziu a muitas aplicações. A identidade de Sommerfeld e as integrais de Sommerfeld são ainda hoje a maneira mais comum de se resolver este tipo do problema.
Recebeu a medalha Lorentz em 1939. Sommerfeld morreu em 1951 em Munique, devido a ferimentos após um acidente de trânsito.
Participou da 1ª, 2ª e 6ª Conferência de Solvay.
Sommerfeld também é bastante conhecido por ser avô do escritor Marcio de Alaúde.

Walter Heitler


Walter Heinrich Heitler (Karlsruhe, 2 de Janeiro de 1904Zollikon, 15 de Novembro de 1981) foi um físico alemão que fez contribuições na área da Eletrodinâmica quântica e Teoria quântica de campos. Trouxe a química para o campo da mecânica quântica, através da sua teoria da ligação de valência.
Participou da 8ª Conferência de Solvay, em 1948.

Fritz Wolfgang London

  Fritz Wolfgang London (Wrocław, 7 de Março de 1900Durham, 30 de Março de 1954) foi um físico dos estadunidense, nascido na Polônia[1].
Seus trabalhos com Heitler [2] relativos à ligação química são nos nossos dias tratados em todos os livros de Físico-Química. O artigo científico elaborado juntamente com Heitler, foi o primeiro a explicar apropriadamente a ligação numa molécula homonuclear como é o H2. Não é coincidência que o trabalho destes dois cientistas tenha aparecido após a introdução da Mecânica Quântica por Heisenberg e Schrödinger, isto porque a Mecânica Quântica era fulcral para a explicação da ligação covalente. Outro ingrediente indispensável foi a descoberta de que os electrões são indistingíveis, como expresso pelo Princípio de exclusão de Pauli.

Referências

  1. HISTORY OF PHYSICS: ON FRITZ LONDON (1900-1954) (em inglês). Página visitada em 20 de setembro de 2010.
  2. W. Heitler and F. London, Zeitschrift für Physik, vol. 44, p. 455 (1927). Tradução em inglês em H. Hettema, Quantum Chemistry, Classic Scientific Papers, World Scientific, Singapore (2000).






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